(...)
- Tom pequena e ton pesada... Ainda sim parece que pode se quebrar...”
Na verdade, não era o peso do corpo da garotinha que estava difícil dele suportar, era o peso da “pessoa” dela, e oque ela poderia “significar”, “representar” na vida dele...
Algo lhe dizia que ele deveria ter mais calma.
Mas como sempre, o seu EU impulsivo e espontâneo (o qual renascera depois do fator ROSA e principalmente LOISE surgirem em suas prioridades) falou mais alto e ele continuou a ser o louco impetuoso por qual Rosa se apaixonava todos os dias...
Dádi se espanta pelo que seus olhos vêem passando pela porta de entrada:
D- Doutor Claudes! Até que enfim o senhor apareceu! Eu já estava preocupada homem! Onde o senhor estave nos últimos três dias?!
-Dadi não sabe o que dizer sobre...- Ô doutor Claudes, quem é essa menina?
C- Dádi... Para de me fazer pergunta e pega o cadernim que caiu ali fora, hã?- Diz Claude tentando “manobrar” entre os móveis carregando Gil nos braços, ela estava dormindo num sono digno de alguém que há muito não repousava seu pequeno corpo cansado...
Dádi corre até a porta e recolhe o caderno caído, em seguida tranca aporta-
D- Doutor Claudes o senhor enlouqueceu mesmo né?
Dádi sobe as escadas a passos largos pra tentar alcançar Claude, que nem olhava para trás.
C- Completamente! Agora me ajuda a por ela no quarto por favor...- Claude aponta a porta do quarto de Loise, Dádi franze a testa, mas na insistência dele gira a maçaneta-
D- Doutor Claudes...- ele entra, ela fica observando ele deitar a criança na cama- Ela é...
C- Non sei Dádi...- ele cobre a pequena- Mais seja como for... Eu vou cuidar dela.
D- Doutor Claudes...- Ele suspira e se volta pra ela num ar cansado:
C- Oque Dádi?...- Ela sente o coração se enfraquecer pelo olhar que ele lança-
D- Nada... Mais eu acho que o senhor precisa de um bom banho né? Vá descasar...- ele passa por ela com a mão na testa, cabisbaixo- ...Ã... O senhor não quer comer alguma coisa? Eu preparo rapidinho, se o senhor quiser eu até trago pro seu quarto...
C- Non Dádi... Non, obrigado... Mais... Eu só vou tomar um banho e...- ele para em frente a porta do quarto dele- Non se preocupe eu comi lá no Frason... Boa noite Dádi- Beija a testa de Dádi e entra no quarto, ela fecha a porta.
D- Sonhe com os anjos doutor Claudes... Durma em paz pelo menos hoje...- Dádi desce as escadas meio zonza...
Esquecera de avisar, o médico ligou, e disse que tiraria Rosa do coma induzido na manhã seguinte, ela poderia acordar...
- - - - - - - - -
Não posso acreditar, eu estou no banco de trás do carro do seu Claude... Doutor Claude... Mais ele não é médico. Ah, e ele pode ser meu pai!!! Só que eu estou com medo... Ele pode não ser meu pai... Mais ele está me levando pra casa, e isso é bom. Se ele não for meu pai de sangue, pelo menos ele QUER ser meu pai. Acho que ele vai me adotar!!!
Poxa eu vou ter pai! Não sei se terei mãe... Mais isso não importa agora...
Eu ouvi ele e o amigo dele o Doutor Frazão, que também não é médico, eu acho, falarem de um tal exame que pode provar se eu sou a filha roubada dele... Mais pelo que ele disse, acho que ele não quer fazer... Ele disse que tem medo... Será que os adultos também choram quando vêem a agulha? Eu acho que ele chora.
Eu estou cansada... Mais não como ontem, por que afinal, hoje eu comi muito!
E não as sobras como antes... Comi o que eu quis, o mais devagar possível, pois assim eu senti melhor todos os gostos... E além do mais, a senhorita Laura dizia que comer devagar é ter boas maneiras. E eu também limpei a boca com um guardanapo de seda! Nem acredito!
Hoje foi um dia sensacional!
Agora eu tenho um novo protetor... Seu Loló ia gostar de conhecê-lo...
-- - - - - - - - - - - - - - - - - -
(...)
C- Olá! Bom jour!- Gil solta o retrato, dá um giro, e o olha com os olhos Esbugalhados. Ele sorri- Não gostaria de tomar um banho... E depois descer pra tomar café?... – Ela apóia as palmas no aparador atrás de si-
G- Hum...- Aspira com a garganta- hã... Tá... Claro!- sorri. Claude assente. Ele vê o retrato que ela olhava e o aponta-
C- O que achou?- ela se vira novamente-
G- Ah! Ela é linda... É...
C- Serafina...- diz num sorriso.
G- Ela estava feliz né? Ela ía se casar?
C- Oui... E ela se casou.
G- Com o senhor?- sorri apontando a aliança no dedo de Claude. Ele sorri e mostra as costas da mão, apontando a aliança-
C- Comigo!- Gil sorri satisfeita. Ela gostara dessa idéia... Talvez a “anja Serafina” aceitasse ser sua mãe e o “doutor de mentira Claude” seria seu pai...
- Você tome enton seu banho e... Depois desça pro café, hã?- Claude coça a cabeça, pensando um pouco na loucura daquela situação- Ah, e... A Dádi vem trazer uma roupa limpa pra você vestir...
G- Ah, obrigada... Eu adoraria dizer que não precisava mais...- Ela indica seus trajes- Eu preciso mesmo!- Dá um sorriso tão doce que o francês sente um reconforto inexplicável...
C- Tudo bem. O banheiro é naquela porta ali- indica a porta branca, que tinha gravado uma escova de banho daquelas dos desenhos animados, que Gil só conseguia ver na escola, ou durante a limpeza do chão do salão da cantina, onde tinha televisão. Ela ri , Dádi entra com umas sacolas e as põe na cama, em seguida começa a abrir as cortinas–
G- Mais porque tem esse desenho? – Só então ela se dá conta de que estava num quarto de decoração inteiramente infantil, ela abre a boca espantada com a beleza do recinto.
C-É...- Claude fica sem palavras diante daqueles olhinhos confusos, que não sabiam se riam ou se choravam, incertezas... Ele tenta disfarçar, dá um sorriso e abre os braços, como pra dizer, é isso!
(...)
Dádi desce as escadas trazendo Gil pela mão, ela se encolhia timidamente diante daquele lugar tão... “enormemente enorme”
D- Olha doutor Claudes, eu não sabia direito o tamanho dela assim, certinho né?
A calça ficou meio larga... Ela é tão magrinha né? –
Gil ri sem graça, ainda seguindo Dádi- Por isso mesmo eu comprei com elástico, ai deu tudo certo! – Ela para em frente a mesa enquanto Claude puxava uma cadeira pra que Gil sentasse. A menina se sentia estranha diante daquela mesa... “magnificamente magnífica”...
Dádi sorri orgulhosa do seu trabalho meticuloso...
Aliás do qual ela tinha saudade, já que fazia tempos que ela não arrumava a mesa, por falta de degustadores...
(...)
Ela a... acordou?- Claude não sabe se se entrega à felicidade e ao alívio por aquela notícia ou se se preocupava com o fator ruivo e ligeiramente curioso que analisava todos os retratos de casamento espalhados pelos aparadores- ... Hã... Claro, claro, eu estou indo pra ai agora!!!
(...)
- - - - - - - - - - - - -
A casa é linda!
E o que eu mais gosto é de olhar os retratos...
O doutor Claude e a dona Rosa estavam muito felizes no casamento... Acho que foi o dia mais bonito e mais feliz de todos!
Quero muito conhecer a anja logo...
Bem, a dona Dádi está ali me olhando estranho... Desde que o doutor Claude saiu... Não sei se aquele sorriso não é de preocupação...
Mais... Estou feliz por estar aqui! E pensando bem... Também tenho medo de agulha, e se me mostrarem uma, juro que saio correndo!
- - - - - - - - - - - - -
Gil suspira e fecha o caderninho, apertando ele no peito. Ela estava sentada no tapete da sala, e Dádi se mantinha imóvel observando-a, parecia apreensiva...
Gil nem se intimidava mais...
Sua cabecinha agora girava com a idéia de que a possibilidade dela ser filha de Claude e de Rosa não era tão grande... Ela não se achava parecida com eles... Tinha cabelo vermelho e sardas...
Ela nunca sentira tanta vontade de ter os cabelos pretos...
(...)
E quando a Rosa ver a menina?
ResponderExcluirSerá que ela vai sentir alguma coisa por causa do extinto materno ou vai fazer um escândalo falando que eles não podem substituir a Louise???
Hum...
É um mistéeerio
rsrsrs
Fiquei contente pq a querida Dádi continua firme forte lá na casa dos Geraldy.
ResponderExcluir