sábado, 22 de janeiro de 2011

FIC 2 - Parte 5- Meu aniversário não é hoje...



(...)

Claude a encara, tentando ser o mais sutil possível:

C- Enton... Você fugiu... – A menina deixa de sorver o suco pelo canudo, e o olha por baixo, os olhos parecem duas bolas de gude:

G- Sim. Mais não de casa, por que casa eu acho que nunca tive...- Claude engole em seco, se ajeita na cadeira-

C- E seus pais de verdade?

G- Não sei... – Ela volta a sorver o suco, fazendo um pequeno ruído quando este chega ao final- Desculpe. – Ela arregala os olhos, constrangida. Ele sorri, mais ainda não consegue esconder a inquietação-

C- Gil quantos anos têm?

G- Bem... Acho que sete. – ela fica séria.

C- Mas por que non tem certeza? Qual é o dia do seu aniversário?- Gil engole em seco e abaixa a cabeça-

G- Não é hoje.

C- Enton é que dia?

G- Não é hoje, já disse.

C- E sobre respostas curtas?

G-  Tá... Eu me rendo! Mas é que eu não sei...

C- Non sabe em que dia nasceu?

G- Nunca me contaram. A dona Filó disse que é por falta de testemunhas. – Ela levanta os ombros. Claude sorri espantado-

C- Mas enton como ia a escola?

G- Indo. Eu acordava cedo, ajudava a dona Filó na cantina, e a tarde eu ia.

C- Me refiro a como tinha matricula sem documentação. – Claude pensa que essa ultima frase fora em vão, visto que ele falava com apenas uma garotinha.

G- A dona Filó tem tudo. Não sei se de verdade, verdadeira, mais ela tinha uma tal guarda...

C- Oh...- Claude ergue as sombracelhas, se contendo pra não demonstrar o espanto pela resposta da criança-

G- Eu te contei minha história. Agora é a sua vez. O que você faz aqui? - Claude nega com a cabeça, tomando o último gole de suco- Ah!!! Por favor!!! –

Diante da súplica ele meneia a cabeça, põe o copo novamente sobre a mesa de vidro-

C- Tudo bem... Vem que eu te mostro por que estou aqui...- levanta pegando o casaco, ela o acompanha até o elevador, saltitante.

Eles entram. Ele esfrega a mão no rosto, em seguida abaixa os olhos até a pequena ruiva, que se punha a observar a planta artificial colocada para ornar o elevador, que era em dominante inox. Ela toca o objeto como se este pudesse se despedaçar. Rapidamente tira o dedo da flor de plástico e sorri pra Claude, que continuava em silêncio.

Os dois andam por um corredor-

C- E como você escapou da agente social?

G- Ah, foi fácil... Eles furaram meu pulso com uma agulha, colocaram uma mangueirinha no meu braço, sei lá por que, disseram que eu precisava re...

C- Reidratar... Você disse que ficou um bom tempo sem se alimentar, non?

G- Isso! Ai depois eu tive uma idéia: comecei a tossir que nem a dona Filó... – Claude franze a testa- E ai... Eles me levaram pra tomar inlatação.

C- Inalação.

G- É. Ai ficou só uma senhora gordinha tomando conta de mim, que fingi que estava dormindo. –

 Os dois param em frente  a um quarto, diante duma janela de vidro, Claude suspira, e pousa a mão na maçaneta- Ai, ela começou a ler uma revista... –

ela tenta espiar o interior do quarto , tocando o vidro- ...Não lembro direito mais numa hora eu saí correndo, um enfermeiro tentou me agarrar eu mordi o braço dele e pisei no pé dele.-

 Claude sorri, e abre a porta devagar, apontando pra que ela entrasse primeiro-

Ela entra acanhada, os olhos brilham...


(...)

4 comentários:

  1. Estou encantada com essa menina,,,tomara q seja a Louise. Se não for tomara q seja adotada pelos Geraldy!

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  2. Betbys, que legal que você esteja gostando dela...

    E eu adianto que ela vai dar um rumo todo especial na história...


    bjks e até...=D

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  3. Meu!Só pode ser a Louise.
    Quantas crianças ruivas estão sem pais e falam frances?

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