(...)
Claude a encara, tentando ser o mais sutil possível:
C- Enton... Você fugiu... – A menina deixa de sorver o suco pelo canudo, e o olha por baixo, os olhos parecem duas bolas de gude:
G- Sim. Mais não de casa, por que casa eu acho que nunca tive...- Claude engole em seco, se ajeita na cadeira-
C- E seus pais de verdade?
G- Não sei... – Ela volta a sorver o suco, fazendo um pequeno ruído quando este chega ao final- Desculpe. – Ela arregala os olhos, constrangida. Ele sorri, mais ainda não consegue esconder a inquietação-
C- Gil quantos anos têm?
G- Bem... Acho que sete. – ela fica séria.
C- Mas por que non tem certeza? Qual é o dia do seu aniversário?- Gil engole em seco e abaixa a cabeça-
G- Não é hoje.
C- Enton é que dia?
G- Não é hoje, já disse.
C- E sobre respostas curtas?
G- Tá... Eu me rendo! Mas é que eu não sei...
C- Non sabe em que dia nasceu?
G- Nunca me contaram. A dona Filó disse que é por falta de testemunhas. – Ela levanta os ombros. Claude sorri espantado-
C- Mas enton como ia a escola?
G- Indo. Eu acordava cedo, ajudava a dona Filó na cantina, e a tarde eu ia.
C- Me refiro a como tinha matricula sem documentação. – Claude pensa que essa ultima frase fora em vão, visto que ele falava com apenas uma garotinha.
G- A dona Filó tem tudo. Não sei se de verdade, verdadeira, mais ela tinha uma tal guarda...
C- Oh...- Claude ergue as sombracelhas, se contendo pra não demonstrar o espanto pela resposta da criança-
G- Eu te contei minha história. Agora é a sua vez. O que você faz aqui? - Claude nega com a cabeça, tomando o último gole de suco- Ah!!! Por favor!!! –
Diante da súplica ele meneia a cabeça, põe o copo novamente sobre a mesa de vidro-
C- Tudo bem... Vem que eu te mostro por que estou aqui...- levanta pegando o casaco, ela o acompanha até o elevador, saltitante.
Eles entram. Ele esfrega a mão no rosto, em seguida abaixa os olhos até a pequena ruiva, que se punha a observar a planta artificial colocada para ornar o elevador, que era em dominante inox. Ela toca o objeto como se este pudesse se despedaçar. Rapidamente tira o dedo da flor de plástico e sorri pra Claude, que continuava em silêncio.
Os dois andam por um corredor-
C- E como você escapou da agente social?
G- Ah, foi fácil... Eles furaram meu pulso com uma agulha, colocaram uma mangueirinha no meu braço, sei lá por que, disseram que eu precisava re...
C- Reidratar... Você disse que ficou um bom tempo sem se alimentar, non?
G- Isso! Ai depois eu tive uma idéia: comecei a tossir que nem a dona Filó... – Claude franze a testa- E ai... Eles me levaram pra tomar inlatação.
C- Inalação.
G- É. Ai ficou só uma senhora gordinha tomando conta de mim, que fingi que estava dormindo. –
Os dois param em frente a um quarto, diante duma janela de vidro, Claude suspira, e pousa a mão na maçaneta- Ai, ela começou a ler uma revista... –
ela tenta espiar o interior do quarto , tocando o vidro- ...Não lembro direito mais numa hora eu saí correndo, um enfermeiro tentou me agarrar eu mordi o braço dele e pisei no pé dele.-
Claude sorri, e abre a porta devagar, apontando pra que ela entrasse primeiro-
Ela entra acanhada, os olhos brilham...
(...)
Estou encantada com essa menina,,,tomara q seja a Louise. Se não for tomara q seja adotada pelos Geraldy!
ResponderExcluirBetbys, que legal que você esteja gostando dela...
ResponderExcluirE eu adianto que ela vai dar um rumo todo especial na história...
bjks e até...=D
Meu!Só pode ser a Louise.
ResponderExcluirQuantas crianças ruivas estão sem pais e falam frances?
kkkkkkkkkkkk ela é linda demais
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