quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

FIC URCA Parte 19- Família completa?!


G- Com que direito o senhor vem aqui, me avisar que vai roubar minha menina, hã?

C- Seu Giovanni... Eu non estou roubando ninguém non... Ela é sua filha...

R- Pai?!- Rosa interrompe a discussão, com uma cara séria- Eu nunca faria nada pra te machucar... Mais eu não acho que isso vá entristecer o senhor...- Claude e Giovanni a olham curiosos e nervosos- ... Pai, isso é a maior benção que se pode receber...e eu tive sorte por não perder...

C- Rosa?...

R- Pai, eu e o Claude vamos te dar um neto!- Giovanni leva a mão ao coração, Claude se deixa cair no sofá, igualmente boquiaberto- E é por isso...- ela pega a mão do pai e põe na barriga- Que o senhor tem que me perdoar!

G- Serafina...- ele olha Claude, que tenta se recompor- E você... você, seu... Doutore, eu vou logo te avisando, hã? Vou logo te avisando que esse casamento tem que sair do palpeu, tem que se transformar em realidade! Realidade a olhos vistos, hã? Antes que... Antes que a presença do meu neto seja motivo de chacota!

R- Pai?! Como o senhor fala uma coisa dessas?

A- Giovanni... Segura essa língua dentro da boca?!

G- No, Amália! Dessa vez eu tenho razão, e vocês vau ter que me ouvir!

(...)

C- Rosa... Eu non quero que você fique brigada com seu pai por minha causa non, hã?

R- Claude, você acha que meu pai vai ficar brigado comigo pro resto da vida? É claro que não, daqui a pouco ele se acalma você vai ver!...

C- Mas e... quanto a... Você...

R- Claude?! Você ainda não me conhece, né? Se eu estou aqui, casada com você... Morando com você, como eu poderia ter alguém? Nem que eu quisesse desesperadamente... –
Claude arregala os olhos-... Mais o que importa é que meu pai acha que eu estou grávida, desculpa forte o suficiente pra gente não se “ separar” né?

Claude ainda fica com o “se eu quisesse desesperadamente” rondando a cabeça, mas logo Rosa rompe o silêncio-

R- Agora boa noite, eu estou muito cansada!- Ela se deita na cama, ele senta do outro lado, de costas pra ela, pensativo...

C- Rosa?

R- Hum?

C- Você acha que eu seria um bom pai?...

(...)

D- Deixa de bobagem, minha gente! Que não é pra tanto!...

F- Deixa ele Dádi, deixa ele que ele mesmo vai sofrer com as conseqüências!

R- Ah, se vai!... Deixa eu ver... Ah! Cheque- Mate!- Rosa derruba o rei preto do tabuleiro, Claude o apara pra que este não caia no chão. Eles estão na biblioteca, sentados no carpete, ao redor da mesinha de centro em frente a TV. Frasão e Dádi estão de pé e se divertem com as brigas de Claude e Rosa por um simples jogo de xadrez.

F- Agora que a Rosa ganhou a quarta partida consecutiva, quero ver com que cara ele vai pedir revanche!- Diz Frasão conduzindo Dádi pra fora do recinto, ele decide que está na hora dele ir ver a rainha africana dele...

C- Você trapaceou!

R- Non! Non trapaceei nada!- diz Rosa gargalhando em quanto esvaziava o pote de M&Ms de Claude e enchia o seu.- Hohou, Ficou sem fichas!

C- Pode rir.. Vai rindo, trapaceira!

R- Ah! Mas não fica triste! Se você dar um sorriso eu divido com você!
Claude a olha com cara de “se vai ver só...” e ataca ela fazendo cócegas. Os dois caem na gargalhada...

Depois ficam vendo outro filme da Bette Davis,The petrified florest “A floresta petrificada”, deitados no tapete em meio a um monte de almofadas...(que fora obra de Roberta na operação ‘toque feminino”)

Já era quase meia noite quando Claude abriu os olhos, e viu que Rosa adormecera também, o filme tinha acabado, decide acordá-la:

C- Rosa?... Rosa?...- fala baixinho enquanto retira uma mecha de cabelo que caia sobre os olhos dela, ela os abre, meio assustada-... Tá tudo bem, hã? Agente acabou cochilando!- diz rindo e se pondo sentado, Rosa se senta também, parece meio desnorteada ainda, ele dá um pulo sorrindo e lhe estende a mão- Vamos?

(...)

Rosa se senta na cama, passa os dedos ao redor dos olhos, ela acabara de se trocar. Claude ainda estava no banho. Ele volta de roupão, para de pé olhando pra ela, ela sorri-

R- Ai agora acabei perdendo o sono!

C- Non vai me dar uma de sonâmbula que nem aquele dia, hã? E nada de sorvete! – ele ri enquanto entra no closet-

Rosa se encosta na cabeceira ajeitando o travesseiro e abre o livro que Claude lhe dera, já que nunca teve tempo de começar a ler.

 “ A história do gato de botas” ela ri com o subtítulo, lembra de quando era pequena e passava horas lendo livros assim, de que tinha vezes que ela trocava tardes de sol por livro novo...

Claude volta e se põe ao lado dela, ele sorri ao ver que ela estava lendo o livro-

C- Hã! O livro que eu te dei... – ela lhe sorri e logo volta ao livro-

R- Este livro é mesmo uma relíquia Claude! E tem umas gravuras tão... Bonitas... Mas da onde você teve essa idéia maluca de me comprar o gato de botas?- diz sorrindo

C- Você mentiu pra mim, non? Me disse que gostou.

R- Mas eu gostei! Ele é lindo! Maravilhoso! Mais é que eu fiquei curiosa...

C- Bom é que eu lembrei que você gosta de coisas antigas, non? Ai eu pensei em te dar de presente... Essa história tem significado pra mim...

R- É mesmo? E qual?

C- Curiosa, non? Mais eu te digo, é que como toda fábula, sempre tem a moral da história, non? Eu te conto como foi que me ocorreu essa idéia de te dar o livro assim que você terminar de ler, hã?

R- Tá legal... Quanto mistério... Mais sabe, eu acho que você pode me contar agora, não tem problema- diz pondo o livro no aparador- afinal, eu já conheço essa história!...- ela deita e fica o encarando, como uma criança espera ouvir história pra pegar no sono-

C- Non senhora!- ele deita também e se vira de costas pra ela-

R- Ah, poxa! Não seja mau!- ela diz sacudindo o ombro dele, nessa hora ele vira com tudo-

C- Haaaauuuu!- e a derruba de novo- Como eu posso non ser mau?! -Eu sou o bicho papon!! – e começa a lhe fazer cócegas- Non sabe que a curiosidade matou o gato, non?

R- Não! Que eu saiba quem morreu foi o pato!

C- Non importa, non. Sabe por que, porque eu mesmo mato o gato se precisar, hã?

R- Não! O gato é meu! Ele é tão bonitinho, tadinho, com as botinhas dele...

C- Minha sorte é que ele non usa salto, non? Por que se non...- Rosa alcança um travesseiro e lança em Claude, que tenta se esquivar deitando novamente, tendo assim a testa a meio palmo da de Rosa

R- Você não pode matar o gato de botas, Claude. Ele é só um conto de fadas!

C- Mas é que os contos de fadas as vezes invadem nossa história... – ele diz se aproximando lentamente de Rosa e a beijando. Ela fica imóvel, apesar de corresponder ao beijo. Mas quando ele tenta lentamente abraçá-la ela se esquiva-

R- Não se pode viver de contos assim Claude. Eles são bonitos e doces. Mas as vezes nos iludem, e nos fazem sofrer. – diz e se vira. Claude fica paralisado por um instante, ela desliga a luz num suspiro- Boa noite, bicho papón.- Ele também desliga o abajur-

C- Boa noite Serafina!

(...)

O dia amanhece, e Claude e Rosa são pegos desprevenidos, os americanos exigem ter uma conversa com os dois, a tarde na construtora. Ao que tudo indica mais uma artimanha de Nara.
Visto que Egidio esta a beira de receber mandato de prisão por extorsão e diversos crimes judiciários, além de ser indiciado pela tentativa de homicídio contra Serafina Rosa Petroni Geraldy.

Como desde de que fora apresentada como esposa de Claude Rosa não voltou a construtora, agora a língua dos funcionários pode sim ser a chave para o sucesso ou o fracasso de todo um trabalho pra conquistar a confiança dos Smith.

(...)

C- Mon Dieu! E essa agora!- Claude se joga na cadeira do escritório, assim que entra na sala. Rosa senta-se na cadeira em frente, sem ação.

R- Não sei Claude, não sei... Mais a Janete me garantiu que ninguém aqui contou nada sobre agente, que eles não sabiam de nada e então não teriam o que dizer, né?...

C- Non sei non... Acho que dessa vez agente dançou, hã?- ao final os dois ficam intrigados ao ouvir um barulho do lado de fora da sala. – O que será que foi isso?

Mal ele acaba de pronunciar a pergunta e a resposta lhe abre de supetão a porta. Egidio entra furioso:

E- Você! Você Claude! Seu francês maldito! E você! Você dona Serafina! Vocês vão me pagar por tudo isso! Ainda que eu não esteja aqui pra ver! Vocês vão pagar caro! Muito caro!-
Claude e Rosa levantam as mãos, ao se verem sob a mira da arma de
Egidio, que a apontava imprecisamente tamanho o nervosismo em que se encontrava.

C- Doutor Egidio non faça nada que vá se arrepender depois...

E- Arrepender? Vocês é que vão se arrepender de terem cruzado o meu caminho! Eu não vou me arrepender de algo que eu venho planejando a tanto tempo! – ele pega Rosa pelo cabelo- Agora vamos, minha chave de saída desse prédio!

C- Non! Non doutor Egidio me leva no lugar dela! Por favor!

E- Pensa que eu sou idiota, Claude? Ela é muito mais maleável do que você! Vai ser mais fácil pra mim sair daqui carregando uma mulher fraca do que um homem maior que eu!- Rosa lhe morde o braço- Aaaiii!! Sua idiota!!

Ao ver Egidio passar pela porta carregando Rosa Claude não se sentia maior do que ninguém...” Eu devo ser mesmo um rato...” pensou correndo atrás de Egidio que já descia o elevador levando Rosa consigo.

A policia já estava no estacionamento, Claude não era o único a descer pela saída de emergência, Paulo, o investigador que incriminara Egidio, estava já na espreita no fim da escadaria. Egidio então começa a fuga de carro. Sendo seguido pela policia e por Claude.

Ele sobe até um heliporto, no intuito de fugir de helicóptero. Claude e Paulo conseguem alcançá-lo. Ele mantém Rosa na mira do revolver... Claude chega sem ser notado pelas costas de Egidio.... Tenta soltar a arma de sua mão, consegue...

Lançando a arma pra longe, Claude cai no chão dum espasmo de Egidio, ele anda vacilante até perto da arma, mas ao que parece começa a ter um ataque fulminante, assim que se abaixa pra pegar a arma, acaba caindo da cobertura do prédio

Claude corre pra abraçar Rosa, que tremia muito, ele a aperta nos braços, pergunta se esta tudo bem, a beija, ...

C- Rosa? Gatos tem sete vidas, non? – ela sorri mesmo estando ofegante- Eu te amo, Serafina!....

(...)

É Noite....
Rosa está na poltrona de Claude, adormecida... Claude desce as escadas com um sorriso no rosto, se agacha na frente dela, segura sua mão, ela acorda, ele lhe beija os dedos...

C- Esse lugar é meu, sabia?- ela sorri e ele a ajuda a se levantar, ainda segurando a mão dela – Rosa? Você lembra, lembra daquele dia, que você me disse que apesarr de tudo, nós acabávamos sempre nos... “aturando”-
ela sorri-  non? Enton... Eu quero te pedir que me ature sempre, hã?- ela faz cara de “como assim?” ele se afasta um pouco e põe um joelho no chão, sorrindo-

 Serafina Rosa... Você.... Aceita... se casar comigo?- lhe mostra um anel de prata com um bela pedra reluzindo a pouca claridade do local, ela sorri, diz num quase sussurro:

R- Eu aceito!- ele sorri pondo o anel no dedo dela, se levanta beijando lhe a mão, e a beija.

(...)

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