quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

FIC URCA 2 –Parte 17- Dança dos sentidos





“O cheiro que emana do Claude é... Hipnotizante... 

Tento não me prender a ele e...

Tento não transparecer o quão nervosa eu estou com essa nossa...

 Proximidade quase absurda enquanto dançamos...

Enquanto ELE dança, na verdade.

Por que por enquanto que meus pés não tocam literalmente no chão, ele está dançando sozinho.

E me leva com ele, a cada passo.

Me pergunto se ele não está cansado de sustentar meu peso...

Se essa bota dura não está na verdade amassando os dedos dele provavelmente escondidos nesses sapatos. Pretos.

Ah! O Claude usando sapatos pretos! Mais raro que... Bem, não deveria ser tão estranho...

Mais talvez por ele desistir de lançar a moda dos sapatos brancos.

Pensei que ele mudaria no futuro. Quem sabe amarelos? Mas não. Pretos. Como todo mundo!

Não parece cansado de me segurar...

Uns dois minutos e ele ainda não disse nada.

Nada mesmo.

Nem reclamou, nem respondeu às minhas provocações sobre os sapatos ou sobre o perfume dele.

Eu disse pra ele que ele seguiu a fama própria dos franceses e tomou banho de perfume.

Sei que não é verdade. E eu sei também que eu só disse isso pra não me perder nesse cheiro dele...

E ele não diz nada!

É insuportável esse silêncio! No que ele está pensando?

Eu já o vi dançar várias e várias vezes, durante aquelas festas em que eu era obrigada a comparecer... Ele se engraçava com as esposas peruas de

alguns empresários importantes e pimba!

Mais um problema que não era meu, mas que eu tinha nas mãos para ser resolvido. Como se eu pudesse fazer mágica!

Um novo marido irritado nunca era demais... E a  minha maior serventia era distraí-los...

Eu sempre achei ele um galinha mesmo!
E agora eu estou aqui, me traindo suspirando por ele!

Ah, me esqueci...

Me traia antes também, antes eu queria mesmo estar aqui agora, dançando com ele...

As vezes de curiosidade eu prendia meus olhos nele no salão...

O via mudar de par a cada musica... e me perguntava qual seria a sensação de ter os braços dele ao redor de minha cintura, de ouvir a respiração dele de perto...

E agora eu estou assim, como aquelas peruas...

Pior. Estou totalmente sujeita à ele. Ele tem domínio de todo e qualquer movimento meu.

Meus braços rodiando o pescoço dele, meu cotovelo apoiado em seu ombro...

Como eu, ele aparenta ter dificuldade em respirar, arrastando o folêgo em suspiros

Um suave sopro no meu pescoço...

Como me posso sentir tão segura quando na verdade estou vulnerável?

Acho que este francês conseguiu furtar algo mais de mim do que essa simples dança:

Minha confiança.

Pelo menos neste momento.

Sinto que nele posso confiar. Posso contar.

Acho que mesmo que meu chá ainda fumegante dentro da xícara simplesmente escorresse pelas costas dele, molhando este suéter tão cheiroso

que ele está usando, ainda sim, ele não ligaria.

Não diria uma palavra. Nem me largaria. Por nada.

Nem mesmo por tudo...”


R- Claude, a xícara... – a voz dela se espreguiça, ainda não tem forças pra protestar,

Ele apenas sorri,

E numa facilidade inexplicável, toma a xícara da mão dela, dá um sorvo no chá, e imediatamente põe o objeto na mesa ao lado, voltando a apertá-la pela cintura-

C- Que xícara?...- ele ri, ela revira os olhos, rindo também-

R- você se tornou ainda mais maluco... acho que está ficando velho...

C- É... o tempo passa... A loucura aumenta... e...

- pára de repente, a faz encará-lo.

Ela perde o sorriso diante dos olhos dele, que a olhavam daquele jeito indescritível e singular de novo-

 ... Agente vai perdendo o medo do mundo...

Non se pode evitar o inevitável, nem se esquivar o tempo todo...

Esses son motivos bem fortes pra se

dar aos ímpetos e simplesmente voltar a ser criança...

mesmo tendo rugas e barba na cara!

- ele ri, levantando as sombracelhas, eformando fundas linhas em sua testa.

Rosa apenas sorri,

Nesse segundo ela simplesmente ainda não era capaz de balbuciar uma palavra-

... Non que você tenha barba...

R- Ah! Cretino! Como diz isso?- ela gargalha enquanto ele a aperta nos braços novamente, voltando a rodopiar-

C- Eu non disse nada...

“E nem poderia... A pele de Rosa é exatamente assim: Como pétalas...

E eu me sinto incapaz de deixá-la escapar de meus braços...

Vou aproveitar esse momento ao máximo... Enquanto ela non se assusta e me deixa ficar perto...

Sentindo o cheiro dela, ouvindo a respiraçon e o coraçon dela assim perto de mim...

Non posso deixar ela ir... Pra longe de mim...”


(...)

F- Pois é minha musa... A coisa complicou!

A- Frasão? Mais não tem como agente impedir... Sei lá... E o DNA?

F- Falei pro Claude... O exame vai ser feito amanhã... Mais à esta altura, agente precisava desse exame feito!

A- Ai meu amor e se....

Gil chega correndo com Henri:

H- Mãe! Mãe!- Ele se agarra nas pernas de Alabá, que tenta dar atenção a ele se curvando um pouco-

A- Calma Henri!!! Filho não corre mais desse jeito pela casa se não você se machuca!

Gil se encolhe de ombros,

“Poxa, espero um dia ouvir isso... Mais da minha própria mãe..”

A- E Gil, o mesmo vale para a senhora! Agora me digam, por que dessa correria toda?- Alabá sorri, tentando disfarçar o nervosismo-

H- É que eu queria pedir pra senhora pra deixar eu levar a Gil pra escola amanhã, pra ela conhecer meus amigos!

A- Henri!

- Alabá ri-

A Gil não é um brinquedo ou um mascote pra você levar ela dentro da mochila menino!

H- Mais no carro cabe!...

(...)

Claude e Rosa estão sentados no carpete fofo da biblioteca, com um livro aberto entre o colo dos dois-

C- Este autor é mesmo muito bom, ele tem vários romances consagrados!

R- Eu já li alguns...

- Rosa sorri nervosa.

Ela se pergunta quantos mais livros ela leu e não lembra... Talvez aquele ali mesmo!


- Nicolas Sparks...

O celular de Claude toca, ele fica nervoso ao conferir quem estava o chamando:

C- Ah, me desculpe... A... Eu já volto, oui?

R- Tudo bem!

- Rosa acena. Apesar de por um lado estar curiosa pela ligação dele, acaba se entretendo no livro novamente...

Re-lê o titulo do livro pra si mesma

- “As palavras que eu nunca te direi”...


“ Parece mesmo bem forte...”

Claude sai da biblioteca tentando manter a calma, mais assim que bate a porta atrás de si, solta um grito abafado:

C- Frason!!!

(...)

Claude respira fundo.

Tem que se recompor. Ensaia um sorriso e entra novamente.
Rosa ainda se distrai com o livro, mas ao vê-lo entrar o direciona um belo sorriso,

C- Era Frason... - Ele revira os olhos, rindo- Aquele chato de galocha!

Rosa sorri-

R- Mais um chato de galocha que nunca te abandona né?

C- É verdade...- ele senta novamente ao lado dela- Frason é como um irmon pra mim...

Rosa sorri em acordo-

R- Como um irmão de uma outra mãe né?-

eles  riem

C- Ah! Ia me esquecendo... Amanhã Alabá vem te raptar...

-ele brinca, apesar de se arrepender de ter usado o termo 'raptar'-

Disse  que von ter um dia de cumadre e tanto!

Rosa sorri, balançando a cabeça-

R- Ai, é verdade! Ela me fez prometer!

C-  Espero que se  divirta amanhã.

R- Obrigada, eu vou tentar...

A Alabá também parece mais uma irmã  pra mim, né?

C- Oui... Ela em conjunto com Terezinha é um estouro nessa casa!- ele ri,

R- Claude!!!- Ela o repreende, mais ainda assim, não consegue não rir também.

"Amanhã  será mesmo um estouro...

Esse exame...

E Rosa que non pode nem desconfiar...

Mon Dieu, e agora?..."

5 comentários:

  1. ooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo choquita

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  2. É eu concordo com o Claude>>> e agora?

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  3. e q lindo isso de biblioteca ...adoro...pq será? e nicolas sparks apelou em karol...demais ele

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  4. e q lindo isso de biblioteca ...adoro...pq será? e nicolas sparks apelou em karol...demais ele x2

    ai ai eu amo biblioteca...
    kkkkkk
    é e Nicolas Sparks é d+++...
    =D

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  5. Que lindo tudo isso: Dança, biblioteca.

    Esse Claude é mesmo um fofo *-*

    Eita, agora eu pergunto igual a Claude: E agora?

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