terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

FIC URCA 2 –Parte 16- Velhos hábitos




“Este livro eu li... tenho certeza...

Mais será que eu li todos os outros também?

 Essa biblioteca é... linda! E o mais importante: Ela também é minha!

Então, provavelmente eu ajudei a montar o estoque de livros...

 Oh, como resistir a abrir essas gavetas?

Não acho que o Claude vá se importar...”

Ela então abre uma das gavetas da lustrosa cômoda de madeira, do mesmo tom mogno do resto do ambiente aconchegante e rústico da biblioteca-

E encontra algo que lhe chama a atenção,

Envolto num pedaço de veludo azul marinho, um objeto fino e comprido, de textura interessante...

Ela desenrola o tecido e então descobre:

C- É a sua flauta!- A voz de Claude a surpreende, ela então devolve a flauta à gaveta, na mesma hora.
- Ela é sua, Rosa! Pode pegar!- Claude a entrega a flauta,


Rosa inspeciona o instrumento, como se nunca tivesse visto nada semelhante...

R- Minha?

C- oui... Mas... eu sei que você...

Rosa o silencia, com um rápido movimento ela leva a flauta  à boca, e tira alguns acordes. Em seguida o olha sorrindo-

R- Eu toco desde pequena!

C- É... É mesmo?- Claude sorri, tentando não dizer que já sabia-

R- Eu sei que você sabe! Mais agradeço a tentativa!-

Ela brinca, ameaçando-o com a flauta- É bom mesmo você me agradar! Agora eu tenho uma nova arma em mãos!

C- Costumava ter nos pés...

R- HÃ?

C- É que você tinha uma excelente pontaria no arremesso de salto alto!

R- Aaa... Interessante... É uma pena que eu não possa experimentar por enquanto...

C- Engraçadinha... Eu vou trazer um chá, você quer?-

Ela sorri-

R- Ah, claro! Parece ótimo! Biblioteca, chuva, chá... Combina, né?


C- Enton... eu já volto... Non traz nenhum ratinho ein?- ele aponta a flauta-

R- Rara!

Ele sai e Rosa recomeça a analisar o recinto/

Livros novos e antigos(os quais ela adora)/

Algumas revistas, na mesa um monte de papelada provavelmente do escritório/

Alguns DVDs perto da TV/

Fotos dos dois numa das prateleiras/

e...

Debaixo de uma cortina, ao invés de outra janela,

Um espelho... Enorme.

E com uma barra de madeira na altura do umbigo dela... Lembra até...

C- Uau! Descobriu sua barra de balé!-

Claude entra bebendo chá-

É uma pena que non possa fazer uso dela agora, non?-

Ele tira sarro pela bota ortopédica dela, entregando uma das xícaras –

R- Nossa... Eu adorei esse lugar!-

Ela ignora o ultimo comentário dele, e sorri ainda examinando a biblioteca com os olhos-

C- É... é um dos seus lugares favoritos....

Ela se vira pra ele, fulminado-o com um sorrisinho-

R- É mesmo? Nem desconfiei...

C- Bem, agente costumava vir aqui... non só pra ler mais...-

Ele percebe que Rosa evita olhá-lo, parece meio constranguida-

Nós gostávamos de... dançar aqui!

-Sorri, Rosa o olha incrédula-

R- Dançar? Agente vinha aqui pra... dançar?

Ele assente sorrindo. E num golpe apenas, ele transforma o ambiente com a ilustre presença de música.

"quem vai dizer ao coração... que a paixão não é loucura..
Em seguida, com uma reverencia,

*mesmo que pareça insano acreditar....
Oferece a mão para que Rosa dançasse com ele,

*me apaixonei por um olhar...
Ela franze a testa rindo-


*por um gesto de ternura...

R- Claude! Eu... Não posso dançar!-

Ela mal termina de falar, e ele a arrebata,

*mesmo sem palavra alguma pra falar...

 
Colocando sobre os seus, os pés dela.

*Meu amor a vida passa num instante...

 
Ela gargalha, pendurada no pescoço dele,

*E um instante é muito pouco pra sonhar...

 
Que apenas sente o agradável perfume dos cabelos de sua amada Rosa.

 
R- Você é maluco!
*Quando agente ama simplesmente ama...

 
C- Non é que é mesmo?

*É impossivel explicar...
Eles riem, ainda rodopiando lentamente...

*Quando agente ama, simplesmente ama...
(...)


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Estou aqui abandonada no tapete... olhando pros meus pés que se chocam e se chocam...

Que tédio! Estou ansiosa!

O Henri aquele chato, foi pra escola...

Que inveja! Preferiria ir pra escola a ter que ficar aqui...

A tia Alabá é boazinha... Mais eu queria mesmo é ver o doutor Claude...

Tio Claude... Sei lá como eu chamo... Queria poder chamar pai, mais ainda não dá...

Nunca chamei ninguém de pai... eu acho... eu não me lembro...

Bem, do meu pai talvez eu lembre... sei  lá, cheiro!

Que ódio lembrar só de cheiro! E o pior: Nunca terei certeza de estar sentindo o mesmo cheiro!

Uma vez eu achei que senti o cheiro num chapéu que deixaram lá na cantina... Mais ai eu vi que era de um rapaz muito novo pra ser meu pai!

O que aquele rapaz fazia pra usar um chapéu daquele eu não sei... Mais ele era engraçado e usava suspensórios na calça!

Não vejo o tio Claude a dois dias! Ele ligou... Mais não disse quando vinha me buscar...


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(...)

“A última vez que eu e Rosa dançamos faz... Bom, acho que faz muito tempo...

Eu nunca superei nossa primeira dança,

aquela que ela me tirou do sério por dançar melhor do que qualquer outro par que eu já tinha tido na vida...

 e eu com medo que ela cometesse uma gafe na frente dos Smith...

A nossa última dança foi na noite antecedente ao maldito acidente que ela sofreu...

No qual eu non estava presente como sempre...

Non devia ter deixado ela ir sozinha pra casa...

Por que eu non abandonei tudo o que eu estava fazendo e non vim embora com ela?

Ela estava tom preocupada...

O Henri estava doente e o Frason me deixou um montão de serviço atrasado...

Ela como sempre querendo facilitar minha vida, depois de me ajudar e muito ainda compreendeu que eu tinha que ficar mais um pouco...

Me enfiei no meio daquela papelada e deixei ela sozinha! Vulnerável!

Idiota! E fazia ton pouco tempo que agente tinha saído de uma das nossas piores crises...”


6 comentários:

  1. Ainn (suspiros)

    Genteeee, como esse Claude consegue ser tão perfeito e fofo?

    Coitados.

    Maisssss

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  2. Não vou nem gastar minhas palavras falando que sua fic ta maravilhosa!

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  3. uiiii...
    brigadim zentes...
    e eu queria ser coitados q nem eles assim...uhu...kkkkkkkkk

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  4. Holly, Vc consegui prender minha atenção garota. Fico o dia todo passando por aki pra ver se vc postou. Sua FIC tá viciante. Tô loka pra ver o reencontro da Rosa com sua filha. Será que ela vai reconhece-la de imediato? Com Claude ela se identificou de imediato.

    Obrigada por essa delicia de leitura contagiante. Parabéns.
    E antes que me esqueça seu Claude é fofo. Só perde pro Claude da Lidia. kkkkkkkk

    Gih não fike magoada também adoro o seu Claude, mas prefiro a sua Rosa. kkkkkkkkkk

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  5. Holly, faço minhas as palavras da Déa. Adoro a sua historia.

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