domingo, 6 de fevereiro de 2011

FIC 2 – Parte 19- Como novos amigos





- Owwwww!!!!

- Rosa continua com a cabeça encostada na barriga da irmã, -

 Terezinha eu acho que ele se mexeu!

T- Ai, Rosa, você está dizendo isso desde que chegou!

R- Ah, mais isso porque ele ficou feliz em ver a tia!

A- Rosa...- Alabá canta- ... a manicure está esperando!

- sorri para a manicure, que estava admirada pela cena-

R- Ah! Desculpe ter te feito esperar...

Mas a minha maninha aqui está tão linda com esse barrigão, né?

-Terezinha ri, apoiando as duas mãos na barriga de seis meses-

T- Ih, Rosa, ainda vai ficar maior... Eu estou até com medo...Me conta...

 – Terezinha, se repreende mentalmente, pelo quase deslize, mais ela queria respostas sobre o parto da irmã, pena que não podia lembrar...-

R- O que?

- Rosa pergunta sem encará-la, prestando atenção ao que a manicure lhe fazia nas unhas-

Você estava querendo saber...?

T- Ah, não é nada...

- Terezinha tenta se acomodar na cadeira, o que parece impossível, enquanto pensa numa desculpa-

 A... é só que eu queria que você me dissesse se vai cortar esse cabelão!

- ela sorri, e Rosa balança a cabeça-

R- Ah, não! No máximo... Aparo minimamente as pontas e ajeito a franja...

T- Ah, mais nem precisa cortar franja... Você não fez cirurgia plástica na cicatriz?

R- Cirurgia plástica?- Rosa franze o cenho- Mais como assim?

T- Ai meu Deus- Terezinha bate na testa

A- Rosa...
- Alabá pega a mão livre dela-

 É que depois do acidente...

 Você tinha uma bela cicatriz na testa, e ai o Claude concordou com o médico de fazerem a cirurgia de correção mesmo com você inconsciente...

Já que poderia ser ainda mais traumático você acordar e se sentir como o Fred Grunge...

– Alabá ri, mais Rosa se mantém estática-

 E além do mais, já sarou né?

- Rosa solta a mão de Alabá e alisa a testa-

R- Eu não sabia disso...

A- Bem... Nem poderia né?

Com tanta coisa mais importante... Isso é o de menos, já que está tudo bem.

R- Alabá... Eu... Eu não sei... Parece que...

Tem mais coisas sabe?

Que eu... Não tenho consciência e que...

O Claude está sofrendo muito por minha causa...

T- Ô Fina? Eu preciso te dizer uma coisa...

- Rosa se vira para encará-la-

 O nome do meu filho vai ser Josué....

– Ela ri-
E o teu marido sofre só por te ver sofrer então trata de ser bem feliz, hã?-

Rosa faz cara de súplica-

R- Ai, Terê!-

(...)

- De jeito nenhum! Eu já entendi! Eu não vou deixar minha rainha ai, de bobeira não!-

Claude ri, pois a pequena leva a testa franzida e a boca num miúdo biquinho enquanto fala-

Ah! Espere!
- ela se alonga sobre o tabuleiro, movendo a sua torre até o lado onde estaria a de Claude-

É, acho que isso é um xeque!

C- Oh, mas ainda non acabou... – Claude num movimento rápido desloca um bispo até o lado da rei de Gil, que diz “Oh” pra dentro..

G- Na... Não!

C- Bom, é isso aí! Acho que chega por hoje, non?

Gil dá os ombros-

G- É... obrigado- começa a juntar as peças- Pelo menos eu sei que não trapaceou e nem me deixou ganhar de propósito...

Agora que eu sei eu vou poder treinar mais e depois te venço!

- olha pra Claude sorrindo. Ele apenas mordia o lábio inferior, assentindo com a cabeça. Gil se levanta-

Não tem que ir agora, tem?

C- A.... Na verdade...- Gil levanta as sombracelhas, com cara de que a qualquer minuto vai chorar- 

Mon Dieu...- Claude belisca o arco do nariz, claramente desconcertado e nervoso- bom....

- suspira, voltando a encará-la- Oque acha se eu te levar pra passear, enton?

Parece bom, non?-


Claude não se sente seguro sobre essa proposta que lançara tão somente para acalmar a pequena-

G- Sim... Parece bom... Mais... Eu queria...

– vira os olhos pensativa- ir na sua casa!

 ... para ver a Dádi!-

sorri satisfeita por ter encontrado uma desculpa para poder ir a casa dele outra vez-

..Por favorzinho! A Anja está com a tia Alabá que eu sei!

C- Dádi?- Claude estreita os olhos, desconfiado diante da cabecinha ruiva que se agita num sorriso-

G- Claro! A Dádi! Pode ser que ela não tenha gostado de mim assim de cara...

Mais eu queria ter a oportunidade de conhecê-la melhor...

C- Tá bom!...- Claude meneia a cabeça, rendido pela euforia de Gil,

 que batia palmas de alegria-

(...)


C- Dádi!- O grito ecoa pela casa, aparentemente vazia, ele joga as chaves no aparador ao lado da porta, e anda calmamente atrás de Gil,

que saltitava logo a sua frente.

 Ela desce as escadas como numa brincadeira, a alegria que ela erradia enchendo o ambiente, Claude observa.

G- Ah, como é bom estar aqui!

- ela senta no sofá, fitando o recinto com os olhos atentos a cada detalhe-

C- Que bom que gosta... Vou ver se encontro Dádi, tudo bem?

G- Ah! Claro, eu espero aqui!

- Ela finalmente se lembra de fingir interesse em ver Dádi.

Claude acena e sobe as escadas, a procura da governanta-

Gil se levanta e recomeça sua ‘pesquisa de campo’ apesar de não ter certeza sobre o que esse termo quer dizer é como ela chama a sua expedição pela casa.

Os mesmos retratos, novos vasos com flores, um livro na escrivaninha perto do piano...

A cozinha... Parece que a atraí por um instante, e ela se dirige de imediato pra lá,

os pés pulam os degraus como que por desespero, e então, se vê diante da enorme mesa de madeira outra vez...

Os olhos percorrem cada detalhe... Sobe e depois desce alguns degraus, agora na copa.

 Passa a mão pela bancada de mármore até chegar à sua outra ponta...

 Mas de repente sente não estar sozinha, alguém parara junto aos degraus atrás dela-

G- Uh!- Ela se vira num espasmo.

E encontra olhos tão assustados e curiosos como os seus.

Uma menina aparentemente da mesma idade que ela, com um leãozinho de pelúcia debaixo do braço, os cabelos quase tão escuros como seus olhos, rosto corado pela aparente surpresa-

- Puxa! Você me assutou!- a menina diz, lançando-lhe um simpático sorriso.

Gil continua a encarando, esfregando a mão no lado da calça,

- Oh, meu nome é...

G- Louise?!- Gil interrompe, os olhos esbugalhados. A menina balança a cabeça-

- Ou, tudo bem, se quiser pode me chamar assim, Louise é bonito...

Mas minha mãe me chama de Duda, Maria Eduarda, e você como chamam?

G- A...- Gil suspira- Bem, me botaram um nome feio, que eu não gosto. E então me chamam por um apelido, que apesar de eu também não gostar também, é melhor que meu nome...

Dd- Que é?...- a menina sorri, enrugando a testa-

G- Gil...- solta entre os dentes, não é algo de que ela se orgulhe. Principalmente por que Henri assim como Pepe a lembrava de que soava masculino.

Dd- Gil...- a menina assente,

 - Então, muito prazer!-

 Estende a mão, que Gil olha intimidada, ainda estagnada a alguma distancia. Duda revira os olhos-

Ora vamos! Aperta minha mão! É como se cumprimenta um novo amigo!

Gil se encolhe e anda até ela, tocando timidamente a mão da menina, que ainda esboça um largo sorriso em sua boquinha que lembra as de bonecas-

G- Então...- ela solta a mão-

Agora você é minha amiga?

Duda pressiona os lábios escondendo o ainda sorriso, balançando a cabeça-

Dd- A menos que corte

- junta os indicadores-

Ai depois agente faz as pazes cruzando os mindinhos- demonstra o gesto. Deixando os braços caírem ao seu lado em seguida.


- Ô doutor Claudes, eu esqueci de te avisar, tive que trazer a Duda comigo hoje, só por algumas horinhas o senhor se incomoda?

C- Non Dádi, contanto que antes de Rosa chegar ela já esteja longe daqui!

- Claude diz com naturalidade, apesar que percebe que não soou nada natural, mais sim pesado- quero dizer, você sabe o por que hã?

Eles descem as escadas,  Dádi, levanta as sombracelhas, e não responde.

D- Ô Duda?!- chama.

Duda rapidamente chega ao seu encontro, Gil a segue em prontidão, com olhos arregalados como se fora surpreendida fazendo travessura-

C- Ow, vocês já se conheceram, enton?- Gil escorrega pra trás de Claude, escondendo-se atrás de suas pernas

G- É... – ela observa Duda novamente, que apertava o ursinho no peito e se balançava de um lado pro outro, sem sair do lugar.

D- Olá Tio! Ela é minha amiga agora!- Duda pisca pra Gil, sorrindo.

G- Será que... A Duda não pode ir lá  pra casa da Tia Alabá... Sabe, pra brincar comigo e com o Henri?

Duda sorri, parece ter gostado da idéia, enquanto que Dádi franze a testa-

D- Ah, Gill... Não sei não... A mãe dela não tem como ficar levando ela de um lado pro outro...

Gil olha pra cima, procurando os olhos de Claude-

C- Tuuudo bem!... Eu assumo!- Claude mostra a palma, revirando os olhos-

D- Mas é que... Não sei..

C- Por favor Dádi?- Claude pede sério.

D- Tá, mais agente precisa saber a opinião de Virginia antes...

G- Quem é Virginia?- Gil pergunta a Claude-

C- É a irmã de Dádi, mãe de Duda.

Gil levanta as sombracelhas, pensando que Duda também tinha sorte, tinha uma mãe.

Claude se sente estranho pela situação. Quer dizer, Duda, apesar de não ter absolutamente nenhuma culpa, ainda sim, foi um dos fatores que contribuíram indiretamente pelo seqüestro de Louise.

Foi ela a urgência da irmã de Dadi. Virginia havia passado mal  no trabalho e não poderia ir buscar a filha na creche, já que estava do outro lado da cidade  num pronto socorro.

Dádi estava distraída e muito nervosa no dia em questão, e fora tomada por incontinência urinária devido à preocupação.
Foi assim que ela deixou Louise sozinha ainda que por um minuto. Minuto o suficiente para Louise ser arrebatada dos braços de sua família.

>>> Dois anos antes, Louise assim como Duda, teria cinco anos,

Claude é chamado por Dádi, a sobrinha estava na escola ardendo em febre, a irmã havia viajado com os patrões e deixado Duda a cuidados da irmã, como o colégio ficava a caminho do prédio de Claude.

Ela o ligou pedindo que ele a apanhasse na escola, visto que Rodrigo estava com Rosa, e esta, irritadíssima com o marido por ele ter insistido no assunto ‘adoção’.

Claude se vê diante da miúda, sentada num banco com os pés estendidos, pálida e ardendo em febre.

 Ele a leva pro carro, ela e seu tênis Pink, seu macacãozinho jeans desbotado, um cabelo escuro e escorrido preso num alto e  agora  desajeitado rabo-de-cavalo.

Se sente incomodado com a menina.

Não por ela ser ela mas por que ela era criança.

 Uma garotinha tanto quanto Louise seria se ele a pudesse ver.
Talvez as duas seriam amigas. Talvez...

Ah! Ele se sentia irritado por ver ali na frente dele o que no momento ele tanto queria mais que praticamente impossivelmente viria a ter.

 Uma criança.

Sim, uma linda e adorável criança.

Ainda que enferma. Uma pequena.

Ele entra com Duda nos braços, os pequenos bracinhos em volta de seu pescoço. O delicado queixinho no seu ombro. E ela estava quente. Alarmantemente quente.

Como ele queria saber como Louise estava. Poder cuidar dela, se preocupar com algo concreto como a febre de Duda.

Sabia que nada do que dissesse naquele momento a Rosa a faria menos brava com ele.

 Ela estava convencida de que o que Claude estava sugerindo era que ela trocasse os comprimidos, o diário e o analista por uma criança que ocupasse o espaço vazio de Louise.

Como se ela pudesse ser substituída e esquecida assim!

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5 comentários:

  1. Karolzita..
    Será que eu ainda preciso dizer que a tua FIC está maravilhosa??
    Será que eu ainda preciso pedir pra você POSTAR LOGO POW!?

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  2. Karol eu li...juro q achei q tinha um comentario meu te dizendo q gostaria q vc escrevesse minha historia...kkkkkkkkkkkkkkkkkkk então adoro Nicholas, a Jane, o José...Willian,são varios...acho q minha vida seria outra se na atualidade tivesse 3 ou 4 bons escritores....mas cá entre nós,e a modétia a parte,adoro nosso talento...uuuuuuuuuuuuuuhuuuuuuuuuu

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  3. vc NEM POSTOU!
    to de mal come sal na panela de mingau
    aH!
    aproveita e se pendura no varal
    rum!

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