Le Eternel Amour
Tulipe Rouge
Tudo foi tão rápido... é incrível como as coisas vão acontecendo, principalmente quando tudo acontece ao mesmo tempo...
Não me pergunte como, mas o Tony descobriu o “plano” todo. O mais estranho foi a reação dele. Ou melhor, a NÃO reação. Ele apenas chegou no restaurante do papai, sentou na minha frente, e pegou em minhas mãos enquanto dizia olhando em meus olhos: eu já sei. Na hora, eu pensei em dizer alguma coisa, procurei algum argumento, pensei em me defender da suposta imagem de interesseira que ele poderia ter formado sobre mim. Mas não, eu não disse. Não, eu não me defendi, e acredito que ele nem por um minuto pensou isso de mim. Ele estava chocado demais pra dizer alguma coisa, molhado demais pra não sentir frio... me pergunto de onde ele veio correndo assim na chuva... Sei que jamais pensaria mal de mim... Nos conhecemos a tanto tempo...
- Deus! Mas oque você fez desta vez ein?
- Ah estava sem fome.
- Eu sei que estava mas porque você não fez força pra comer?
- Rosa...- ele vira o rosto, fechando os olhos- chega, hã?!
- Ver você assim é que não dá.
- ...
- Olha Tony, eu sei oque parece. E sei oque você está sentindo...
- non... eu duvido.- ele curva os lábios num quase sorriso
- É. Mas...- arregalo os olhos, um dos aparelhos emitindo um pi contínuo- oque?- olho Tony, que permanecia de olhos abertos, me fitando como se nada estivesse acontecendo- Céus oque é isso?!- levanto da beira da cama, como quem descobre uma cobra por perto
- Hum...- ele levanta o braço, mostrando um fio solto- ops, caiu
- Tony!!! – ele apenas sorri
- Acho que agora, mais do que nunca, você non pode esperar que eu morra assim de repente.
- Nossa você é um cretino!- rio, batendo em seu ombro de leve
- Ow.
Tony
Depois do susto, pensei muito sobre tudo oque vem me acontecendo... Acho que Rosa está fazendo muito mais do que deveria... Não posso deixar ela desamparada. Ao que a conheço, sei que nenhum dinheiro ou status social pode preencher aquilo que ela precisa realmente. Sei que ela precisa de mim. Nesse momento, mais do que nunca. Ver os olhos dela, em seu marrom intenso, me observarem com tanta atenção, como se quisesse enxergar dentro de mim, como se quisesse ir até o meu coração pra entender meus atos, meus sorrisos e minhas caretas. Ela parece querer entender cada suspiro meu... E agora eu sei, isso não vai passar.
Posso dizer que este plano, apesar de maluco, pode dar certo. Acredito que me ascendeu a chama da esperança novamente... Quando me vi sozinho, peguei o primeiro pedaço de papel que encontrei, e comecei a escrever... Engraçado... Era pra serem apenas anotações, mas se parecem com cartas. Cartas à Rosa. Não tenho certeza se eu mesmo mostrarei a ela... Acredito que ela as descobrirá sozinha, apesar do lugar incomum que escolhi pra guardá-las.
Com os acontecimentos que estão por vir, sei que na Bel cresce uma dúvida. Na verdade, uma dúvida sobre mim, e sobre o que eu farei. Ela pode não esperar recompensas além das que meu pai irá pagar, apesar de que sei que tudo é mesmo por mim, mas sei que de alguma maneira, fica a meu critério que tudo fique bem. Por um minuto pensei que poderia sim estar tudo entrando nos eixos. Quem sabe dê certo? Quem sabe eu não possa viver essa história por inteiro?
Mas, o mais intrigante foi a descoberta, de que o amor que Rosa sente por mim, que é o mesmo que sinto por ela, é mais intenso do que imaginávamos. Um amor inexplicável eu diria. Um amor de paixão, mas uma paixão assexuada!
- Foi como beijar o Sérgio, meu irmão.- ela declara, cenho franzido e as mãos largando meus ombros devagar
- Foi como beijar minha própria mãe. - digo abaixando os olhos
- Não acredito. Como eu não percebi antes? Isso é muito difícil de se explicar... - pigarreia
- Agente ainda pode casar, se você quiser.
- Oque? Tá brincando? Não!- Ela vira pra mim sorrindo
- Poxa... já até pensei nos meus votos... – rio- Bel, Bel, branca que nem papel!
- ha!
- Non... Já sei! Rosa, Rosa, tem medo de ficar idosa!
- Chega!
- Tudo bem. Hahaha
- Uau- ela suspira, sentando pesadamente no sofá
- Quer ir jantar?
- É...
- Non em restaurante Italiano. Nem... Japonês, nem... Coreano.
- Tailandês.
- Tailandês?
- Oui, oui!- me puxa em direção a porta
Rodamos um pouco, entramos no restaurante, Rosa parecia um “pinto no lixo”... Sorria pra mim, enquanto eu contava todas as minhas crônicas engraçadas. Talvez assim como eu, se sentisse um pouco aliviada. Uma duvida que nos acompanhou por tanto tempo... e descobrimos que jamais daria certo. Pelo menos não mais, porque depois de tantos anos, não conseguíamos mudar nossas visões...
- Enton, non me disse oque achou do meu apartamento...- tento começar uma conversa, andamos abraçados pelos ombros, na rua pouco iluminada
- Achei... a sua cara!
- A minha cara?
-uma loucura. Você é que nem eu, doido. Livros pra todos os lados,numa bagunça sem fim
- É... Mas é uma bagunça organizada, hã?- rio
- Olha ali Tony, aquele casal ali deve estar junto desde a primeira grande guerra.
- É... deve ser muito bom ter alguém com quem envelhecer junto...
- Eu não envelheceria com você!- dizemos juntos, caindo na gargalhada
-Eu quero sorvete!
- Tudo bem, espere que eu vou pegar.- deixo Rosa e ando até o meio da praça, onde um homem de avental branco vendia doces e pipoca. Mas não sorvete. Vou até outra ponta e consigo o tal sorvete com um senhor muito esquisito, mas deveras engraçado, parecia-se muito com Asterix, do desenho.
- Oba!- Rosa toma o sorvete de minha mão e começa a Lambê-lo com ânsia, como é típico das crianças.
- Vai se afogar desse jeito.
- Ah não vou não. Mas sabe, até que não foi de tudo mal oque aconteceu?
- É mesmo?
- Claro, Tony. Pensa, se você se curar, agente não precisa mais casar!
- Nossa, non sabia que você estava sendo obrigada a isso non!
- Sabe o que é? É que depois do último episodio de casamento na minha vida, eu fiquei meio traumatizada... Dá até arrepio quando passo na frente de cartório.
- Sei... mas você non quer se casar nunca mais? Quero dizer, mesmo que seja com outra pessoa?
- Não sei... talvez um dia... nossa, olha!
-Oque foi?
- O... O...- Rosa corre até a entrada do beco do lado direito, e se curva. Pelos ruídos, esta vomitando. Olho a frente e vejo um cachorro atropelado, ou pelo menos é oque parece. O estranho é que onde estamos mal passam motos. Começo a reparar no lugar ... deserto... meio escuro...
- Acho que non devíamos ter nos afastado tanto...
- Ai... Nossa.- Rosa caminha lentamente em minha direção, mãos no rosto
- Você está bem?
- Mais ou menos... Mas... Mas que nojo!
- Sabe que você me surpreendeu? Você tinha sempre estomago forte pra essas coisas, tratava de animais como ninguém, non é, Belina?
- Belina... Ah!!!- Rosa me assusta com esse grito, me viro de relance e percebo uma silhueta masculina exatamente atrás de mim, pela sombra.
-Hã?- viro-me de supetão e o homem me esbofeta o rosto
- Savait qui était en ville!(Sabia que estava na cidade!)- a voz é mediana, e roda na minha mente em meio a dor que sinto em meu nariz, que foi de encontro ao chão na queda
Pri ? rsrs ,a ju vai me matar kkkkk
ResponderExcluirVoltando... Minha net está horrível aff, Karol está de brincadeira né?! rsrs Vc manda-me usar o tal colete e vem com essa de se afogar no sorvete rsrs uhull rumo ao claude rsrs
ResponderExcluirOi, enigmas de Karol,
ResponderExcluiralguém confundiu o tony com o Claude?
Será? Só Karolzinha pra responder essa kkk
kkkkkkkkkkkkkkkkkkk Juuuuuuuuuuuu ta perdendo feio o first...
ResponderExcluire acho q é o 32...qem será?
Por enquanto eu desisto do first mas espera só a férias de JULHO chegar (nossa Julho está tão longe, será que essa fic dura até Julho?Será que a Karol vai escrever outra fic?) eu vou fazer plantão aqui e o first será meu HA HA HA
ResponderExcluir*kk brincadeirinha**
Mano a Karol falou que no capítulo 23 ia esclarecer ALGUMAS coisas
Pra mim não tem NADA esclarecido
na verdade ela só arrumou mais uma coisa pra esclarecer:
>>Quem deu o soco no Tony?Por quê?<<
aff
Ei!
tbm acho que alguém pode ter confundido o Claude com o Tony e esse alguém pode ser aquele carinha lá (Carlos?) inimigo dele
O carinha com quem a Nara traiu o Claude
deve ter sido ele
*acho*