Tá dando onda! Parte 1/3
Estava eu lá, mais ou menos seis anos atrás, na praia...Er..quero dizer, no mar. Minha long novinha, e num frio de lascar, que nem o John comprido tava dando jeito. Mas tá, indo surfar num dia gelado de inverno, mesmo estando no Brasil, esperava oque?
E ainda tive que dar muitas remadas, atravessar a rebentação monstruosa, pra tentar pegar uma onda descente...
-Huuuuuhuuuuuu- Gritava Sérgio, quase numa pirraça, ele conseguiu pegar duas e eu nada!
- Merrequeiro!- eu gritei, mas no fundo(literalmente) eu estava era receosa por estar ali tão longe sozinha, ele estava quase na areia!
Descidi mergulhar, e ver se dava pé: caso desse, eu ia ficar, se não, eu voltava. Não contava que meu lash fosse arrebentar por que uma onda vinda quase que do além fez a prancha se enroscar na corda e eu nem vi quando arrebentou. Só sei que na hora em que eu percebi que estava “solta, fiquei toda afobada, me assustei com uma alga, engoli água... Mas então voltei pra superfície e avistei minha prancha... mais longe da praia ainda.
- Ah, hoje não é meu dia...- murmurei, recuperei o fôlego e nadei até ela...
Subi de volta na prancha, e praticamente me abandonei sobre ela... estava cansada..
-É, por hoje chega...- Sinceramente, até que eu não estava tão decepcionada porque, apesar de não ter conseguido surfar nada, pelo menos tive tempo pra tentar. Já que eu havia passado quase um ano sem por uma malha e cair na água... em vês disso, surfava pelas linhas dos livros, e estudava como louca.
Eu sabia que aquilo ia demorar pra se repetir, ter tempo pra vir à praia não era comum pra mim...
Splach! Ouvi um barulho, como se um peixe tivesse se debatendo na superfie. Splach... Levantei o torso, me pondo sentada novamente, e olhei em volta, até que algo vira minha prancha
- Hey!- Berrei, muito brava- Que.. Quem você pensa que é?!- havia um homem, que salvo a cabeça, estava todo submerso,
- Desculpa, hã? Mas é que eu sou... eu sou um náufrago, é isso.
- Naufrago?- ri, mas confesso que o sotaque dele quase me convenceu de que ele era mesmo
- É...- Ele levantou um braço, e me mostrou o que eu já devia ter reparado: ele estava de terno!
- hahahaha- gargalhei muito- mais...mais oque você estava fazendo no mar de terno?
- Reunion em atlantis, hã?- ele diz sarcástico
- Ah, claro, eu devia ter presumido...- disse ainda rindo, subo de volta na prancha
- Mon Dieu... que cidade é essa?
- Hã?
- Que cidade é essa!
- Ah... é... Santos.
- Hã?
- Santos...
E nadamos até a praia. Eu levando a prancha debaixo do braço, ele ofegando mais que eu. Sentamos na areia
-Mas... sério, oque aconteceu com você afinal? Te jogaram de um avião sem os pára-quedas foi?
- Quase isso... Me jogaram dum barco... eu estava indo pra Rio de Janeiro, vindo de Praia....
- Praia Grande?
- É...
-Mas... desculpa ai, perguntar mas... quem te atirou do barco? Porque nossa... Que do mal ein...- ri
- Pois é... Foi minha...atchin!
- Saúde
- Obrigado. Foi minha namorada... Agente estava no meio de uma discusson e ai..
- Tibum! Hahah...Nossa...isso que é mulher de atitude!
- haha- ele revirou os olhos-.... agora... Tem algum telefone aqui pra eu...ow, droga!
- Que foi?
- Minha carteira ficou no barco... merde! Meus documentos, dinheiro, tudo!
- Mas...
- Sei oque está pensando... é que eu tinha acabado de.. trocar de roupa, e non tinha lembrado de minha carteira...
- Ó... Pode usar meu celular, se você quiser...
- Ótimo, obrigado. Mas... você anda com o celular...
- Ah não, ele está na minha bolsa... Vem.- ajudo-o a levantar.
Caminhamos até o estacionamento, onde eu sempre deixava o carro. Ele tenta diversas vezes ligar mas nenhum dos números que ele decorara (eram muitos!) Atendia.
- Ow, merde! Deve ser conspiraçón!
- Escuta...- eu estava tirando o John, com alguma dificuldade- Você... decorou todos esses números de telefone?
- Claro..- ele respondeu, fazendo menção de me ajudar com o zíper, mas então eu consigo
- Nossa... Parabéns... Pelo que eu entendi, foram pelo menos dez números diferentes!
- É que as vezes uma mesma pessoa tem mais de um, você sabe. –ele dava os ombros- normal.
- E agora? Quer... uma carona pra delegacia, ou... sei lá...- só então me dou conta de que ele havia despido a camisa, e tremia de frio
- Non sei... acho que não adianta...
- e os outros não deram por sua falta será?
- Devem estar mesmo é adorando... querem mesmo que eu me ferre.
- ai que horror... Você é tão desprezível assim, pra ninguém se preocupar contigo?- brinquei, mas pelo que pude captar no rosto dele, não havia meia verdade nisso, havia uma toda
- Non mesmo. Mas tudo bem, fazer oque...
- Te levo pra delegacia se quiser..
- Obrigado.
Ele ficou uma fera por ter que usar uma camiseta minha, a única que havia no carro, era toda florida e nele parecia uma baby look! Foi muito engraçado a cara dele... quando um guarda não resistiu e soltou uma risadinha...
Foi tudo meio complicado, primeiro por ele ser estrangeiro e não ter documentos em mãos, segundo por que ninguém estava procurando por ele.. então, foi o mesmo que nada aquele boletim!
- E agora ein? Oque eu faço com você?
- Me leva pra casa, oras!
- Oque? Mas onde você mora?
- Ah non, pra sua casa.
- Como? Ficou maluco? Que isso!
- Olha é só pra eu continuar tentando falar com meu amigo e ele vir me buscar...
- Mas!
Tá levei ele pra meu apartamento... Nem me pergunte qual a cara que Janete fez quando me viu chegar com um homem todo molhado
- Oi...-ela o comprimentou, mas logo me puxou prum canto, de olhos arregalados- Quem é este?
- Este Janete, é o pescado de hoje!
-Oquê? Olha Rosa, não esperava isso de você ein! Não sabia que era dessas...
- Janete!- ri, por que jamais eperei por algo assim... explico pra ela toda a história e...
- E como é o nome dele?- puts! Não lembrei disso mesmo!
- Hã...- droga, droga! Eu havia mesmo deixado um maluco desconhecido que nadava de terno usar meu chuveiro e nem perguntei o nome dele?- é.... ele é belga sabe...tem um nome super diferente e...- dei graças a Deus porque ele apareceu, vestindo um roupão preto que o Sérgio tinha me pedido pra lavar e até hoje estava guardado em casa...
- Eston falando de mim non é?-ele pergunta todo desconcertado- Desculpe o mau jeito...- ele estende a mão
- Janete
- Janete... Me chamo Claude.- ele me olhava enquanto apertava a mão dela e eu senti as bochechas em fogo
- Ah, você é mesmo belga!- ela riu, olhando pra mim... droga droga que gafe!
- Non... na verdade eu sou de Paris sabe... sou francês.
- Rosa! Mas que coisa! Não saber onde o...
-aham- pigarreio, e ela logo se apressa
- Bom, eu estava de saída, com licença. Foi um prazer!
Tá.. e agora, oque eu ia fazer?
se o peixe é meu...não devolvo ao mar...kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk pego pra mim.
ResponderExcluire eoutra: que caldo dona carol...e adorei o John. O meu John é Peter...kkkkkkkkkk
Eita que eu gosti desse negocio!
ResponderExcluirKarolzinha c tinha q ter soltado ele aqui na baia de todos os santos em Salvador ai eu pegava ele pra mim kkkkkk
Continua Bisou!
AMEIIIIIIIIIIIIIIII QUERO MAIS
ResponderExcluirkdê continuaçãoo!
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