Le Eternel Amour
Tulipe Rouge
O padre que eu jurava reconhecer de algum lugar... Eu conhecia mesmo! Carlos aquele energúmeno! Mas oque eu fiz praquele maluco me odiar tanto? Ele deve ser psicótico ou sei lá... Agora ainda tenho que voltar à Abbeville... voltar ao lugar onde perdi minha mãe... Mas preciso encontrar Rachel... Tenho que achar minha filha! Mesmo tendo que voltar ao ápice de minha dor e enfrentar outra vez aquela casa de campo... Ficar cara a cara com o assassino de meu irmão... o homem estragou toda a vida de Rosa... e que deixou Caleb sem pai. Quero dizer, crescer sem a presença de um pai por que... EU SOU O PAI DELE NÃO SOU?
-Ne suis pas???
- Quê?- um estalo na minha cabeça e percebo que eu estava era cochilando e Rosa me olhava de lado, se revezando com a estrada
- Nada!- bufo- só estava...
- Falando dormindo?- ela ri
- Non! Claro que non! Eu estava dizendo que “Eu sou o piloto aqui, NON SOU?
- Hãhan..- ela balança a cabeça ainda se divertindo com minha aparência provavelmente horrível
- Non acho certo você ficar dirigindo à noite non!
- Olha Claude eu sei muito bem dirigir... À noite, de madrugada, de dia, na neve, na chuva, não importa! Eu sei dirigir!
Eu a fulmino enquanto ela ainda ri
- Não é porque você tem aí, habilitação pra pilotar AVIÕES e tudo mais que você tem que duvidar da minha CAPACIDADE né?
Ainda estou tão atordoado que a voz de Rosa que antes sempre parecia um alívio agora parecia mais um incomodo: e não por não ser mais maravilhosa, ainda é. Mas porque me sinto terrivelmente culpado por qualquer deleite sem saber como está Rachel.
- Pardon... - é tudo que digo antes de me abandonar no banco, e voltar pra um lugar magnífico, onde apenas os sorrisos de Rach eram ouvidos
Rosa
Oh meu Deus, onde eu estava com a cabeça quando aceitei essa idéia maluca de visitar o tio Miguel assim de ultima hora? Ah! Como eu fui inconseqüente! Devia ter adivinhado que algo assim iria acontecer!
Caleb está bem, em casa, em segurança. Mas Alice e minha amada amiga-irmã, minha gêmea de uma outra mãe, estão por ai, e só Deus sabe como! É culpa minha! Eu devia ter subido no carrinho!
Devia ter olhado bem na cara daquele demônio de batina! Se eu não estivesse tão preocupada com meu ego... com o ciúmes que no fundo eu sinto do Claude... Pelo medo de perder o amor do meu filho quando... ele descobrir que... eu omiti a verdade... que o PAI DELE ESTÁ VIVO e que por todos esses anos, ele chorou comigo pela morte do TIO dele não do PAI...
Eles são parecidos, com certeza vão se dar bem. E oque eu faço pra impedir que ele me deixe de lado pra querer MORAR COM O PAI? Sim por que... de alguma forma... isso vai acabar acontecendo! O Caleb é independente de mim mas... sei que ele se vai se apegar à figura do pai que ele NUNCA TEVE. Ele vai querer passar o máximo de tempo possível com o Claude... pra tentar... Recuperar o tempo perdido!
E eu... eu fui quem tirei esse direito DOS DOIS. De se conhecerem de... quem sabe...
Bom, eu poderia dizer que Claude NÃO PRECISAVA SABER... Mas quando se sabe que O MAIOR SONHO dele era ter um filho... Quando se sabe que ele quis tanto isso à ponto de aceitar criar e amar uma criança que fora fruto de UMA TRAIÇÃO, e uma traição AO EXTREMO pra então realizar esse SONHO essa ... NESCESSIDADE de ser PAI... Aí eu digo que... EU SOU CULPADA. Porque... Caleb SOFREU. E SOFRE até hoje, inclusive. Compra flores todos os meses, sempre no mesmo dia... e leva ao tumulo do PAI que NUNCA CONHECEU...
- Tá fazendo oque?- digo, tentando adivinhar oque Claude fazia no caderno de Rachel... desenhos?
- Estou escrevendo...
-Escrevendo oque?
-Non sei ainda mas ..
-Não é da minha conta.
- Você me faz parecer pior do que sou...
- É. Faz parte do meu trabalho. - rio. E ele esconde um sorriso, balançando a cabeça e pressionando os lábios, voltando ao caderno.
-Você... está conseguindo escrever com tão pouca luz e com o carro em movimento?- pergunto, e ele apenas dá uma olhada.- OK, sir Bond.- rio
Claude
Paramos em uma estalagem, porque ir direto pro casarão a essa hora da noite estava fora de cogitação. Não só porque a fazenda fica no meio duma área rural mas também porque está quase abandonada... Na verdade, o melhor seria acionar a policia. Mas com que evidências e como, no meio do nada? Eu teria que ir lá. Teria que enfrentar.
O hotel não é lá essas coisas, beira de estrada e tal. Mas Rosa em momento algum me pareceu descontente. Mas será possível que ela não se dá conta da perigosa situação: estamos indo de encontro a um assassino psicopata!
Escrevo mais e mais.... Como se pudesse falar com Rachel... Lembro de Jean... ele escrevia um diário desde que... bem. Ele tinha um diário no qual contava como havia sido seu dia. E eu estava o imitando, só que em forma de mensagens à Rachel... Quando nos reencontrarmos, ela vai poder ler tudo, e com certeza vai rir de mim, aquela espertinha!
- Claude eu tenho que telefonar pro meu irmão... Mas o celular não pega... sabe se tem algum telefone aqui?
- Non sei...- respondo sem tirar os olhos do desenho de um balão que desenhei alguns meses atrás pra que Rach colorisse...
- Na recepçón, talvez.- olho pra ela, e me dou conta de quão frio estava, Rosa batia o queixo. Levanto- Rosa? Você... está batendo o queixo! Non quer um casaco, hã?
- É... Confesso que ia adorar... acabei por deixar o casaco no parque ou... sei lá. Estava com um único na mala...e nem esperava usá-lo... estamos no verão e... eu ia pra Itália!
- Oui... entendo... Acho que devo ter outro...no carro. – pego as chaves
- Eu posso... buscar, se você preferir... Não quero... te incomodar.
- Non eu busco... Precisamos comer alguma coisa e... Tenho que abastecer mesmo...
- Tá bem.
- Fica ai que... eu vou ver se tem telefone também...- digo, saindo.
Vou até o carro, pego um casaco que normalmente só poderia usar em serviço. Mas dada a situação, é apenas uma peça que vai evitar a hipotermia de Rosa.
Na conveniência encontro umas porcarias como biscoitos, salgadinhos, refrigerantes, iogurte e pão. Comprei água também. Não espero encontrar mais que umas teias de aranha na dispensa do casarão que abandonamos há muitos anos.
Volto e encontro Rosa sentada na cama de solteiro ao lado da minha, tentando usar o celular que aqui realmente não pegaria nunca.
- O telefone público tá chiando um pouco... mas acho que dá pra ligar dele... e... O serviço por aqui non é dos melhores...- mostro a sacola com nossa tentativa de jantar
- Está ótimo! Obrigada.- ela põe o sobretudo que fica enorme nela, mas da maneira que se encolhe nele, parece mesmo estar feliz
Rosa sai pra usar o telefone, eu tiro os sapatos, me abaixo sobre os joelhos pra enfiá-los debaixo da cama, e descubro uma caixa
- perdut et trovés.(achados e perdidos) – leio a tampa, e abro
- Mon Dieu! – grito, no mesmo instante Rosa aparece
- Que foi? Tem tantas traças assim aqui é?- ela brinca, procurando algo na sacola
- Rosa... Olha isso- mostro a caixa, dentro, uma foto de uma menina, como a sobrinha de Rosa, segurando um papel no qual se lê: “OÚ DOIS-JE ALLER?
- AHHHH!!!!- Ela grita, soltando a foto
- É...
- Alice... Meu Deus!
- Será que ele as separou?
- Não sei... Pode ser mas...
- Temos que ligar pra policia... Agora temos uma prova!
- Não... nós temos..- ela diz, chorando- Eu acho que agente deve continuar Claude... eu sei que... eu não posso desistir agora.
- Tudo bem. Eu...- tiro a arma do casaco em que Rosa está vestida, ela se espanta
- Ha
- Desculpe, esqueci de tirar daí...
up!e os mistérios continuam..rsrs
ResponderExcluirbjs!
to tensa amiga...cade todo mundo? pq ele se odeiam? e a rosa e claude? vc colocou doce na minha boca pq pensei q o claude diria vem aqui cherrie q eu te abraço e vc esquenta...kkkkkkkkkkkk não tão safado,mas algo desse calibre...mas adorei essa parte
ResponderExcluir... Ainda estou tão atordoado que a voz de Rosa que antes sempre parecia um alívio agora parecia mais um incomodo: e não por não ser mais maravilhosa, ainda é. Mas porque me sinto terrivelmente culpado por qualquer deleite sem saber como está Rachel...
perfect