sexta-feira, 20 de maio de 2011

Capitulo 37- Quem???

Capitulo 37- Quem???

Le Eternel Amour
Tulipe Rouge


Abro os olhos, e tento me acostumar à meia luz. Parede, cômoda, ursos de pelúcia. Um quarto escuro, mas certamente infantil. Cama fofa, Caleb a meu lado, abraçado a mim, pernas pendendo. Desvencilho-me dele que permanece dormindo, ajeito-o na cama.

Volto a examinar o recinto... Ainda escuro. Mas pela luz vinda duma fresta da janela coberta com cortina rendada presumo que já seja dia. 
Caleb me acompanha ainda como num voto de silêncio. Casa grande...ao que parece. Rústica e acolhedora. Corredor comprido, findado numa escada de madeira envernizada. Desço-a pé ante pé.
Esta é a casa do Claude, com certeza. Espadas cruzadas dentro de uma moldura na parede, miniaturas de aeromodelos espalhados por toda a sala. Silêncio perturbador.

- Bom dia, dona Rosa!- congela-me o coração, e viro imediatamente com a mão no peito e olhos arregalados.

- Ah! Que susto!

- Desculpa viu dona Rosa...- ela pareceu meio melancólica, mas continuou se esforçando pra parecer receptiva- sei que a senhora deve estar assim, meio que nem cego em tiroteio porque veio pra cá desacordada...- ela caminha até o sofá e me mostra o assento- Doutor Claudes me recomendou prestar-lhe toda a assistência pro que necessário fosse...- franzo o cenho pra ela e então ela dispara- ah! Esqueci de avisar, doutor Claudes...

- Cheguei, Dádi!-viramos para a porta donde ele desponta, eu levanto num pulo pra encará-lo com a pior carranca que consegui fazer

- Hey!- aponto, mas antes que comece a falar, tenho que apanhar um objeto que ele me lança

- Suas chaves. Seu carro precisa de uma revisón, hã? Aqueles pneus eston muito calvinhos pro meu gosto...

- Como... se atreve?!- permaneço ali, encarando-o, parada, estagnada. Ele vem como se mover-se fosse como flutuar, e para a exatos dez
centímetros de mim, sua respiração podia ser ouvida, caso ele respirasse!

- Quoi?- ele pronuncia um tanto sarcástico. De forma languida e, para mim, desrespeitosa.

- hã? – arfo, perplexa

- Quoi? Je questione vous. Quoi ?

- Que oque ?- me agito, sem nem mesmo entender o MEU PORQUÊ.

- Eu perguntei o quê.  Você non entendeu?

- É mas acontece que não tem nada a ver com que EU te perguntei. Eu perguntei primeiro.- sacudo a cabeça, meio confusa

- Oh, verdade?- ele senta no sofá, cruzando os braços.

- Não sei como você consegue ser tão... irritante!

- Mas porquê?-franze o cenho, mas logo dá os ombros- Ah, isso nem faz mais diferença.- ele cruza os braços, como se sentisse frio.

- Doutor Claudes...- Dádi se aproxima como um relâmpago, como quem suplica algo- como foi..como estão as coisas?!

Só então me dou conta da real situação, como tudo havia ficado ontem, quando apaguei.

- Do mesmo jeito Dádi. Do mesmo jeito.- ele responde. De repente o ar parecia pesar em meus pulmões.

- E...

- Estou apenas esperando uma ligaçón. Vou procurar minha filha, Dádi. Vou procurá-la! – de repente sinto uma inquietação em meu ser, como se fosse explodir. Um ataque de ansiedade, talvez.

- Mas como? Onde você vai?- Dádi e Claude me olham- Quero dizer, como você vai saber pra onde ir, onde procurar?

- Non sei ainda. Mas non posso ficar aqui sem fazer nada!

- Claude...

- oque?- o tom firme e um tanto carrancudo poderia ter me feito mudar de idéia, mas de fato, não fazia diferença.


- Obrigada. Por tudo. Por... Ter nos ajudado, por ter...

- Tudo bem.- a resposta dele foi tão suave que me assustou um pouco. Ele continuou- Como eu poderia deixá-los lá, hã? Como?- ele me olha profundamente, e sei que em algum lugar em mim, pude compreender. Não sei como mas, pude entender aquele olhar. Isso acontece muito, quando as pessoas se reconhecem. Não sei... elas se olham profundamente, e suas almas trocam sentimentos. Como se de alguma maneira, ele estivesse me dizendo que jamais nos deixaria.



-Não... eu... eu sinto muito, Sérgio. Mas não... Desde o primeiro momento... não temos qualquer pista...

- espere, você disse “não temos”? temos? Você e mais quem?

- Sérgio... você sabe... o Claude. O Claude está aqui. Na verdade, ele está nessa também. A filha dele... também desapareceu.

- Meu Deus...

- Nós vamos encontrá-las mano. Nós vamos, eu sei.

- Eu também sei, Bel. Eu vou falar com todos os meus contatos...Vou ligar agora mesmo pra um detetive amigo meu e... meu Deus! Minha filha!- ouço-o soluçar. sei que ele está se fazendo forte pra manter a fala.

- Eu gostaria de estar ai mano... de te abraçar...

- Eu também Rosa, eu também.

- Vê se não faz besteira, hã? Avisa todo mundo... tira uma licença do trabalho... Não faça nada que...

- Você faria? Haha Rosa... eu sei. Só mesmo você pra arrancar um sorriso de mim hoje... eu.. eu vou tentar o telefone dos pais da Jane e... ah.!

- Shiii...calma... liga pro colégio.... eu já dei a queixa e... Força mano. Muita força. Vamos achá-las. - agora eu era quem estava forçando a voz. Ela parecia estar se esgotando como a linha de um novelo de lã. Houve uma pausa.

- Ore por nós, Rosa. Ore por nós.- ele finalmente arfa. Antes de deixar de me responder. Pronto, está feito. Acabo de enfiar um punhal em seu peito.


- Dona Rosa... Venha almoçar, venha...

- Obrigada, Dádi. Mas estou sem fome...

Sentados à mesa. Ninguém se move. Olho Caleb lutar contra uma linha em seu suéter. Os olhos mortos de Claude sobre o menino também. Nosso olhar se cruza, desvio-me para o prato.

- Então...- pigarreio. – pra onde... você vai?...- pego a talher e a pouso no prato, tentando fingir estar interessada na refeição

- Non sei...- ele suspira. Caleb se anima e dá uma garfada no frango, meio desconfiado me olhando

Penso na próxima frase, mas o telefone toca

- Alô?... oui.... oui...au nom de lequelle ? Ã... oui... un moment...- Dádi chama Claude, ele vai até ela e eles conversam algo

Claude sobe as escadas apressado, sinalizando à Dadi que atenderia no ramal.

Minutos depois, ele desce bufando, tropeçando nas pernas, procurando sei lá o quê feito louco.

- Doutor... doutor Claudes... Oque o senhor tanto procura home?

- O livro...  Dádi o livro de Rachel... aquele que tem um...um rabbit na capa..um..coelho!

- Ah.. sei.... ah mas num me lembro nem quando foi a última vez que vi... mas sei que era o preferido dela...

- Ah é Petter Rabit?! Eu tenho! E é meu favorito também...Foi meu vô quem deu...

- E você trouxe ele Caleb?

- Claro... está na mochila...- ele murcha- na mochila da Alice...Droga ficou com ela...

- Mas Claude... pra que você quer esse livro ein?

- eu preciso dele Rosa, preciso...- ele estava inquieto, procurando até dentro da lareira

- Meu Deus...- a essa altura, vendo a agonia dele, agente se punha a procurar igualmente neuróticos

- Quem era no telefone?- pergunta Dádi

- O seqüestrador.- foi a resposta. Tudo pára.

- Quem???

- O seqüestrador, Rosa! Non ouviu non?-  ele para pra me encarar bufando- Mas será que non entende nada do que eu falo?

- Não entendo mesmo. Até porque, você está me saindo pior que a encomenda. Pode me chamar do que quiser, enxerida, mal agradecida oque for... Mas acontece que minha cunhada e minha sobrinha desapareceram também, Claude! Será que VOCÊ não entende? E eu tenho o direito de saber exatamente o que está acontecendo!


Claude

Entendo oque ela quis dizer, mas não me sinto a vontade pra agir como se ela estivesse realmente na mesma situação que eu. Não, isso não dá pra assimilar.

- Mama! Achei!- Caleb grita, vindo entregar o livro a Rosa. Tento tomá-lo mas ela se esquiva

- Oque tem aqui ein?- ela começa a folhear o livro

- Eu ainda non sei! É oque pretendo descobrir.

- Espera! Mas como...

- Acontece dona Rosa, que o... o vagabundo, o salafrário que diz estar com Rachel... disse que a única chance que eu tinha de me encontrar com ele estava indicada nesse livro de minha filha... acho que o miserável premeditou tudo... e pior, que esteve mais perto do que eu pude prever.

- Mas como doutor Claudes... esse livro...- Dádi me olha atônita

- Onde você o achou este livro, filho?

- Estava numa pasta... Lá no quarto. Uma que tinha uns broches...

- A pasta de música! Droga! Ela levava aquela pasta pra todos os lados!

Rosa me entrega o livro. Sento no sofá, suspiro antes de começar a analisar cada pedaço das páginas. Balanço as pernas nervosamente enquanto insistentes lágrimas me caiam dos olhos, num misto de raiva e remorso. Queria encontrar minha filha!  Eu a deixei sozinha! Deus,onde ela está?!

- Calma!- uma mão se sobrepõe à minha- Calma!- é Rosa, que me olha com compaixão, algo que não suporto

- Estou bem.- respondo rispidamente, secando os olhos com uma manga.

Folheio o livro diversas vezes, mas não encontro nada.

Noite, Rosa no celular, falando com o irmão há mais de uma  hora. Eu ainda no livro, tentando encontrar a pista.
Até que ela desliga, e me pergunta:

- hey Claude, onde o seu pai está, você sabe? Preciso ligar pra ele e...

- É isso!- levanto num pulo. – Claire! –lembro que quem havia dado o livro à Rachel tinha sido...

- Quê? O vôvô é pai do Claude?- Caleb me analisa dos pés à cabeça








4 comentários:

  1. i huuuuuu

    agora o bicho vai pegar

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  2. Oiê, nossa achei que elas tinham morrido eletrocutadas, sou mesmo lerdinha, foi sequestro, isso cheira coisa de vovô heheheeee
    Bora amore mio postar mais, não dá pra ficar sem sua escrita. Caleb ajuda ai em queridinho, une estes dois.

    Bjooocas

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  3. kkkkkkkkkkkkkkkkkkk...eu tive q reler o outro capitulo...tava achando q elas tinham se perdido deles,morrido... muito lerda eu.

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  4. nuuuuuuuuuuuuus mto lerda eu tbm kkkkkkkkkk
    Karolzinha pela amore de dio saant hã faz esse francês non ser ton turroón Poxa? Rosa já sofreu mto com a perca do Jean ela non precisa de uma cancela de ladeira abaixo tratando ela mal non
    BisoU

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