Le Eternel Amour
Tulipe Rouge
Andei... Andei até que me dei conta de que meus pés já não suportavam mais. Parei um taxi, e decidi voltar e enfrentar minha realidade.
Acabei de decepcionar muitas pessoas amadas. Eu realmente amava Julio, mas não era apaixonada por ele. Nem sei como isso funciona... Simplesmente não pude continuar com essa farsa que mais me soava como capricho meu. Precisei dar um basta. Antes tarde do que nunca.
As expressões daquelas pessoas, me observando acusadoramente enquanto eu fugia daquilo que me traria infelicidade: Um casamento de aparências. Apenas pro Julio poder por as mãos na herança do avô materno dele, cujo testamento possuía uma clausula impondo que, ao menos que ele fosse casado, só veria a fortuna com dados quarenta e cinco anos, tendo boa conduta.
Ele me amava, era meu apaixonado, dizia, mas sabia que eu não poderia corresponder-lhe facilmente. E assim nós firmamos acordo, eu o ajudaria assinando o contrato nupcial, apresentando-me à sua parentela e aos advogados dela. Estes, no momento em que me virei em disparada à saída, me olharam como se oque viam fosse simplesmente surreal. Deve ter sido mesmo. Mas não me arrependo de ter me impedido de ter feito a maior burrada de minha vida. Nunca me casaria com Julio. Nem mesmo por pena.
Passei muitas horas em pesquisa ao paradeiro de Tony, nesses três anos que se seguiram sem eu vê-lo ou mesmo ter noticias de onde e como estava. Tentei o Claude, que simplesmente era inacessível. Tentei Frasão, mas este não o via a tempos, assim como eu.
Formei-me e continuei a trabalhar no jornal londrino. Até que um dia recebi uma noticia que me fez sair desse meu enraizamento e por o pé na estrada rumo à São Petersburgo, onde minha sobrinha acabara de ser descoberta no ventre. Tirei férias e decidi passar uma bela temporada ao lado de meus manos.
Eles me receberam em Moscou, casacos tão pesados que mal consegui senti-los. Pareciam ursos! Mas amei aquele lugar. O frio me lembrava muitas coisas boas...
Como aquele dia na casa dos pais da Janete, em Clemont Ferrat. Férias invernais. Todos alegres e sorridentes. Como havíamos combinado, nos encontramos lá uma semana antes de começarem as aulas. Conhecemos a cidade, e os pais divertidos da Jane. Eu, Sérgio, Frasão, Jean e claro, Janete, pelas ruas, abraçados em meio à neve. Rindo como bêbados. Cantando...
- Oh, the weather outside is frightful,
But the fire is so (uuh!) delightful,
And since we've no place to go,
Let it snow, let it snow, let it snow!
Frasão ria alto, tanto que as pessoas começaram a nos olhar de rabo de olho, Sérgio indagou:
- Eu te disse, Frasão! Eu te disse que vinho tinto não era soda!
- Ah, quieto ai, marica! Esse marronzinho aqui sabe muito bem de seus limites!
- Sabe? Sabe que nem tem idade pra beber e ainda por cima a bebida dos outros!
- Mas do que vocês estão falando?- Pergunto,
- Ora, do fato de esse metido a super adulto mal crescido ai ter bebido vinho da adega do pai da Jane!
- Ei... Jane é? Que intimidade toda é essa?- eu rio.
- Ô Rosa, num começa!- Sérgio esbraveja.
- Chega disso! Chega, mas que briga mais sem fundamento!
- Uhu! Até que em fim o senhor Charles Chaplin resolveu se manifestar!- Frasão gargalha.
- E temos um vencedor! – Jane levanta a mão de Tony- e por melhor argumento quebra clima pesado... Sir. Jean Antoine Chaplin! O mundialmente conhecido: Tony!
- Oh, mas que surpresa, hã?- Tony brinca, pondo a mão no peito- Dedico essa vitória aos meus queridos amigos que sempre riem, mesmo quando eu nem contei a piada ainda.
- Hey, assim vou ficar com ciúmes, ein? Eu aqui no maior empenho e eles te taxam de mais engraça do do que eu?- Frasão finge irritação- Quer saber. Foi bem merecido! Uma salva de palmas, senhoritos e senhoritas!- faz reverência, rindo.
- Bem, já que fui escolhido, quero meu prêmio!
- E o que vossa “graceza” deseja?- Frasão reverencia Tony
- Hum... Que tal mais uma daquelas enormes xícaras de chocolate quente? Ou umas bombas de chocolate...
- Hã! Bomba de chocolate, francês? Poxa, achei que pediria algo mais... Bombástico. – Frasão me olha de lado, me fazendo franzir o cenho.
- Uêpa! Como assim?- digo, com medo da resposta.
- Ah quer saber? Deixa. Agora, que tal partirmos para desfrutar mais dos dotes culinários da nobríssima família de nossa duquesa Boulevart?- beija a mão de Janete, que sorri balançando a cabeça
- Ih, mais veja só que exagerado! Duquesa coisa nenhuma, Frasão!- ri.
- Exagerado e folgado... Presta atenção ein, ô chocolate vencido.- Sérgio diz entre os dentes, um tanto enciumado.
- Bombado! Chocolate bombado! A bomba de chocolate mais bombada de toda a história!- Frasão anda na nossa frente, fazendo poses de fisiculturista.
(...)
- Bel!- Janete pula em meu pescoço outra vez- Nossa, ainda não acredito que está aqui! Meu Deus, mas quanto tempo! Que saudades!
- Eu também estou. Mas me diga, como vai a mais nova doutora do pedaço?
- Ah, estou bem. Os meus enjôos são violentos, mas estou muito bem!- ela alisa a barriga. O balançar do carro me chacoalha enquanto falo:
- E...e seus pais, já sabem?
- Sim.- ela faz cara de ansiosa- E você nem sabe o quanto eu tive que ouvir.
- Como assim? Eles não ficaram contentes?
- Ficaram, mas... Ah, Bel, não posso esconder isso de você... Eles não foram exatamente a favor do meu casamento com seu irmão e... Acharam que me precipitei.
-Se precipitou? Mas espera!
- É que eles me acham nova e instável demais pra assumir algo tão... Sério quanto criar um filho.
- E... o que eles disseram?
- Que eu devo desistir da especialização e voltar pra França. Mas eu não vou sair da Rússia. Pelo menos não por agora.
Fico sem palavras, até que disparo:
- Promete que quando voltar eu vou ser a primeira a saber?
- Mas claro, sua boba!- ela me abraça de novo.
- Eu tenho tantas coisas pra te contar...- brinco com seus cabelos. – Espero que possa me dar algum conselho...
Passei três meses na casa deles. Sérgio me parecia mais feliz do que nunca.
Paparicava Janete, dava a ela toda a atenção. Ela não parava de estudar.
Eu achava engraçado vê-los conversando em russo, mas não entendia nada. As vezes eles se viravam pra mim e falavam em russo. Quando isso acontecia eu dava os ombros rindo, e agente gargalhava junto.
Quando voltei para Londres, estava decidida a me mudar. Tinha recebido uma bela proposta de trabalho em Montreal, Canadá. Mas mesmo assim, meu coração estava apertado. Enquanto empacotava minhas coisas... A ansiedade e nostalgia me atacando em conjunto...
Meu vôo seria à tarde, as quatro. Mas eu nem poderia imaginar quem iria me aparecer no meio da avenida, mesmo antes de eu entrar no aeroporto...
Claude, espero kkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirEu também não imagino (na verdade imagino) quem iria aparecer no meio da avenida, mesmo antes dela entrar no aeroporto..
ResponderExcluirClaude?Tony?Julio?Papai Noel?
haha
sem gracinha
Mano eu ia colocar "FIRST" mas essa rosamoreno comentou dois minutos mais cedo que eu =(
ResponderExcluirkkkkkkkk
Na proxima eu acerto!
hahaha
ResponderExcluireu me acabo contigo, Ju!
raxei!
Isso só prova que..
ResponderExcluir"INUTEU!A gente somos INUTEU!"
hahaE
zueira
aff essa biscoito enxe mesmo...kkkkkkkkkkkkkkkkkkk]
ResponderExcluiracho q é o claude...
Mano quem chamou?
ResponderExcluirA conversa ainda não chegou na pimenta
Hum
hahaha
brincadeira
Holly c ta demais em menina continua como diz a JUC continua pow!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluircaramba passo duas semanas sem entrar aki e aconteceu um monte de coisa..OMG..=O...
ResponderExcluirholly ta muito maneiro a sua fic..
fla sério a sua e da pimenta ta de mais de baum..
agora só pra naum perder o hábito posta logo tá?
kkk..
Oba! Estou conseguindo, de novo, comentar aqui. Karol, por favor leia comentário de alguns minutos atrás que fiz no capítulo 6 sobre a Betsy.
ResponderExcluirOlha, estou gostando muito do seu enredo.
Tadinho do Tony! Eu imaginava q ele tivesse 1 doença quando vc disse q estava suavizando no princípio porque a história era trágica.
Ham, ham!...Presto atenção nos coments, viu?
Hey, "BETBYS" li e respondi. E sory, novamente!
ResponderExcluiré que bet tem a outra e o nick qualquer um muda sem precisar trocar de e-mail... Cafundi, e peço desculpas. Meu nome é super mega ultra comum e odeio ser confudida, o que acontece muito. Por isso mesmo que peço mil perdões.
sobre a fic... que bom que o enredo esta te agradando, tenho me empenhado nele... e se achou tragico, é por que não viu nada ainda, huahuhsua
é, precisamente, vai piorar!
que orrô né? tô gotica de mais... mas é por boa causa, acredite.
bejuuuu fror!