Le Eternel Amour
Tulipe Rouge
Quando se é bebê, seu mundo é sua mãe. Ela é quem cuida de você. Pelo menos é assim que se pensa. Um bebê não conhece as pessoas, tão pouco o mundo ao redor, mas sua mãe ele sabe, e sabe pelo cheiro. Mas aí você cresce um pouco mais...e se dá conta de que tem outra pessoa em especial na sua vida: seu pai. Assim ele começa a te levantar pro alto, e fazer de você um “foguetinho” , e por incrível que pareça você nem sente medo. Você segura na mão dele e o olha fundo nos olhos. E ai uma química acontece. Você sorri. Se sente seguro.
Entramos no celeiro e lá estava ele. Caído no chão e ensangüentado como um boi abatido. Nas costas dele havia um adesivo de uma empresa aérea... a mesma pra qual eu até cheguei a trabalhar na época que me mudei pra Paris... E lá estava, mais um recado pra mim, que nem me dei o trabalho de ler. Não naquele momento.
Rosa só sabia chorar e gemer enquanto me ajudava a carregar meu pai pro carro. Fomos à toda pra cidade mais próxima ...ou melhor, pro hospital mais próximo.
O olhar do médico com certeza não dizia que meu pai estava bem. E isto me deixava mais ansioso
Rosa
- Claude?..- chamo meio sem graça, mas é que ele estava muito estranho, a cabeça entre os joelhos, e fazia mais de uma hora que não se mexia!
Como ele não responde, chacoalho ele até ele “acordar”
- Nossa! Como você consegue dormir assim?!
- Acredite, já dormi em condições muito piores.- diz ele esticando a coluna que a essa altura devia estar muito longe do lugar dela
-Você não está com fome? Hã?
- Morrendo...- ele se levanta
- Aqui tem uma cantina...
Andamos até a cantina do hospital, e o Claude não disse mais nada. Ele tinha os olhos mortos e ao mesmo tempo muito vivos!
- E agora?- me arrisco a questionar
- Quoi?
- E agora?...- repito desanimada e com medo
- Ça va aller ... Bien...Preciso apenas da alta de meu pai... e continuamos a buscá-las. Na certa ele vai nos dar alguma pista...assim que... acordar.
- É... - curvo os lábios na tentativa de um sorriso de esperança. Mas o mais legal disso tudo é que o Claude estava ali...com o pai dele.
Frazão apareceu com Dadi, e jurou que cuidaria de tudo... Visto que o médico não falara em alta... Claude estava bem abatido, e sei que o estado do pai dele somava muito em sua tristeza... Ele ficou lá no quarto, alisando os cabelos do sir Henry por pelo menos duas horas, antes de seguirmos para o aeroporto...
- Mas afinal Claude... Pra onde vamos?
- Ele quer brincar com a gente Rosa... Brincar....... Ele quer que nós peguemos um avión....
- Mas...pra onde?!
- Non sei. Mas ele deve saber exatamente...
- Claude....estou com medo agora
- Se quiser volte e fique com Dádi... Eu vou.
- Não eu vou também.- eu não podia abandoná-lo agora!
Claude olhava atentamente para a multidão na fila do embarque...
- Claude! Olha aqui!- mostro o papel desenhado pelo bandido- Oque está escrito aqui?
-Ah!- ele grita antes de sair como louco e entrar numa porta na qual se lia> privê
-Hey!- saio atrás dele
Descemos umas escadas num lugar que parecia ser restrito a funcionários, e depois saímos já bem perto da pista de aviões, onde malas eram lançadas literalmente na barriga de um avião...
- É este, com certeza
- Quê?
- Vamos!
- Claude! Ficou maluco?!
- Temos que pegar aquele avión!
- Mas...como agente vai entrar ein?
- Vem!-ele me puxa, e subimos de novo pro pátio do aeroporto
Não sei muito bem como, mas conseguimos as passagens, e entramos no avião. Nossa única bagagem era uma mala que o Claude tinha no carro, mas nem lembrava o que tinha nela... ah, e nem sei direito em que continente fica...
- Belarus?
- Oui.- ele responde sem nem olhar pra mim, estava irriquieto
- Claude?!- permaneço encarando-o até que ele se vira
- Hm?
- ...!
- Rosa... elas podem estar aqui sabia?!- ele levanta
- Pra onde você vai?
- Vou ali... andar
- Posso ajudar os senhores?
- Hã... onde fica o banheiro?- sorrio e seguro a mão de Claude
A aeromoça arqueia as sombracelhas e aponta o banheiro
Disfarçamos e passamos pelo banheiro, daí fomos pra o outro andar do imenso avião
- Rosa...fique atenta a tudo e a todos, hã?
- Pode deixar...- suspiro, enquanto descemos as escadas
Encontramos uma aeromoça que nos pergunta se estamos perdidos, nós afirmamos e então ela nos leva pra cabine de bordo, então escapamos e
Tratamos de voltar à nossa busca um tanto insana por “algo errado” no avião.
Claude
Trezentas vezes passando pelo mesmo lugar, e nada de diferente. Até que fomos descobertos pelos comissários perambulando em área restrita de novo. Ai fomos parar na cabine de comando...
Haviam uns três co-pilotos e o capitão eu não vi. Apenas dei uma olhada no painel de relance,pois a aeromoça não demorou a fechar a cabine. Ela nos olhava estranho... sim, algo estava errado!
- Os senhores me desculpem mais não podem andar por ai... tentem se comportar como adultos, sim?- o risinho dela me dava calafrios
- Desculpe... Mas...
- Agente achou que tinha conhecidos nossos por essa área sabe...- Rosa completou, me parecendo calma demais
- É...- concordei, afinal, no momento, parecia a desculpa perfeita
- Entendo... Mas agora o avião fará ponte com Berlim e... preciso que fiquem sentados. Por aqui por favor...
up!
ResponderExcluircontinua....
eitaaaaaaaaaaaaaaaa
ResponderExcluirSó isso???
ResponderExcluirHum...o que será que vai acontecer?