Dejavu
Crônicas de U.R.CA
Parte ||
-Hoje ele me levou num shopping, e compramos tantas coisas pro bebê, Janetee! - Rosa sorri, olhando o sol pela janela do futuro quarto do filho
-Sério? Ah quero tanto ver!- A amiga se empolga, do outro lado do telefone
-Vem pra cá amanhã! Por favor... Eu sei que você vai estar de folga! Você pode me ajudar a escolher os móveis do quarto.. Dar ideias, essas coisas.
-Tudo bem, amiga! Eu vou adorar ver coisas de bebê...
-Oque foi? Sua voz tá meio estranha...
-É que eu estou no escritório. Não posso dar muita bandeira que a ligação é pessoal né, Rosa?!
-Ah meu Deus! - Rosa cai na gargalhada.
-Mas e aí, falou sobre.. -Janete abafa a voz- aquele assunto, com ele?
-Falei sim.
-E então? Ele disse se vai me demitir agora ou só na próxima quinzena?
-Jane! - Rosa ri- Você é muito exagerada, que coisa!
-Ele te contou tudo?
-Acho que sim. Está triste demais, como você sabe. Até chorou!
-Diz logo que você chorou junto, vai. Admite!-Janete faz a voz soar entediada, e em seguida, as duas riem
-Você tinha razão quanto a ele, Jane.
-Sobre?...
-Eu o amo mesmo.
-Ah qual a novidade?!- a amiga ri
-A novidade é que ele também me ama. Essa é a novidade. Só que eu não entendo! - Rosa andava pelo quarto- Como assim eu me casei com esse homem? Eu?!
-É. Tenho de admitir. Na época, foi um espanto. Todo mundo ficou de cara com seu casamento, amiga!- Janete sorri com as lembranças.
-De cara?...
-Estupefatos! Rosa, Rosa... Rosa e sua mania de falar difícil.... Me sinto redigindo um contrato, conversando com você!
-Imagino que foi a pior das surpresas para dona Nara. - Rosa suspira
-Nem me lembre! Aquela mulher me dá calafrios!
-Oque houve com ela, Janete? Onde ela está? Se casou?
-Olha Rosa, ela casou sim. Com um velho magnata. Desses de filme, sabe?
-Sério?
-Muito mais velho! E ainda por cima, alemão. Só fala em cerveja! E tem uma pança enorme! -As duas riem- E duvido que ela entenda o resto do que ele diz!
Rosa se senta na sala, lendo um livro que encontrou no escritório da casa. “ A mulher tem o poder” , escrito capa. Folheou algumas páginas, e até o achou bem humorado. Mas sentiu-se inquieta, quase como se aquele livro lhe fosse lembrar algo. Algo que, ao que parece, ela preferiu esquecer.
-Tón entretida, nem me viu chegar! - Claude a abraça pelos ombros, por trás do sofá.
-Assim você me mata do coração! - ela ri, porque teve um mini ataque pela surpresa.
-Nem brinque com isso, preciso de você bem vivinha, hã?- beija sua bochecha
-Que foi? Chegou cedo... - ela o observa sentar a seu lado
-Eu quis fazer uma surpresa. - Claude pisca um olho para ela, que sorri.
-E fez! - a moça se arrepia ao sentir Claude beijar-lhe os dedos.
-Que tal vermos Frazón hoje?
-Jura? Você vai me levar pra vê-lo?
-Vou sim, meu amor. Prometi, non? E eu sempre cumpro oque prometo. - sorri
-Acha que ele vai gostar de me ver?
-Claro que vai! - Claude a abraça – Na verdade, ele vem cobrando sua visita faz um tempo...
-É sério? Mas eu nem sou tão próxima dele...
-Amour, Frazón é meu irmón do coraçón!
-Irmón do coraçón. - ela o imita sorrindo e lhe aperta as bochechas
-E a senhora, italianinha, é como se fosse cunhada dele, hã?
-Hum.. Então, que hora vamos? Quer ir agora? Por isso veio mais cedo pra casa? - Claude nega com a cabeça
-Vamos jantar com ele. Eu vim mais cedo porque non quis te deixar “ tão sozinha..” - a imita
-Claude!- Rosa ri.
-Tudo bem. Mas admite que estava com saudades, hã?
-Nem morta! - cruza os braços.
-Non gostou de me ver, é?- ele se faz de magoado
-Eu.. - Rosa põe os braços em volta do pescoço dele – amei te ver mais cedo!
-Hum.. Tem certeza?- aperta os olhos, a olhando fixamente
-Pensando melhor... - Rosa sorri e Claude a beija repetidas vezes.
Os dois saem de casa deixando uma Dádi “inquieta” como Rosa a descreveu. A governanta estava muito séria, coisa atípica de sua personalidade. Claude disfarçou pigarreando e informou que iriam se atrasar se demorassem discutindo o humor de Dádi.
Crônicas de U.R.CA
Parte ||
-Hoje ele me levou num shopping, e compramos tantas coisas pro bebê, Janetee! - Rosa sorri, olhando o sol pela janela do futuro quarto do filho
-Sério? Ah quero tanto ver!- A amiga se empolga, do outro lado do telefone
-Vem pra cá amanhã! Por favor... Eu sei que você vai estar de folga! Você pode me ajudar a escolher os móveis do quarto.. Dar ideias, essas coisas.
-Tudo bem, amiga! Eu vou adorar ver coisas de bebê...
-Oque foi? Sua voz tá meio estranha...
-É que eu estou no escritório. Não posso dar muita bandeira que a ligação é pessoal né, Rosa?!
-Ah meu Deus! - Rosa cai na gargalhada.
-Mas e aí, falou sobre.. -Janete abafa a voz- aquele assunto, com ele?
-Falei sim.
-E então? Ele disse se vai me demitir agora ou só na próxima quinzena?
-Jane! - Rosa ri- Você é muito exagerada, que coisa!
-Ele te contou tudo?
-Acho que sim. Está triste demais, como você sabe. Até chorou!
-Diz logo que você chorou junto, vai. Admite!-Janete faz a voz soar entediada, e em seguida, as duas riem
-Você tinha razão quanto a ele, Jane.
-Sobre?...
-Eu o amo mesmo.
-Ah qual a novidade?!- a amiga ri
-A novidade é que ele também me ama. Essa é a novidade. Só que eu não entendo! - Rosa andava pelo quarto- Como assim eu me casei com esse homem? Eu?!
-É. Tenho de admitir. Na época, foi um espanto. Todo mundo ficou de cara com seu casamento, amiga!- Janete sorri com as lembranças.
-De cara?...
-Estupefatos! Rosa, Rosa... Rosa e sua mania de falar difícil.... Me sinto redigindo um contrato, conversando com você!
-Imagino que foi a pior das surpresas para dona Nara. - Rosa suspira
-Nem me lembre! Aquela mulher me dá calafrios!
-Oque houve com ela, Janete? Onde ela está? Se casou?
-Olha Rosa, ela casou sim. Com um velho magnata. Desses de filme, sabe?
-Sério?
-Muito mais velho! E ainda por cima, alemão. Só fala em cerveja! E tem uma pança enorme! -As duas riem- E duvido que ela entenda o resto do que ele diz!
Rosa se senta na sala, lendo um livro que encontrou no escritório da casa. “ A mulher tem o poder” , escrito capa. Folheou algumas páginas, e até o achou bem humorado. Mas sentiu-se inquieta, quase como se aquele livro lhe fosse lembrar algo. Algo que, ao que parece, ela preferiu esquecer.
-Tón entretida, nem me viu chegar! - Claude a abraça pelos ombros, por trás do sofá.
-Assim você me mata do coração! - ela ri, porque teve um mini ataque pela surpresa.
-Nem brinque com isso, preciso de você bem vivinha, hã?- beija sua bochecha
-Que foi? Chegou cedo... - ela o observa sentar a seu lado
-Eu quis fazer uma surpresa. - Claude pisca um olho para ela, que sorri.
-E fez! - a moça se arrepia ao sentir Claude beijar-lhe os dedos.
-Que tal vermos Frazón hoje?
-Jura? Você vai me levar pra vê-lo?
-Vou sim, meu amor. Prometi, non? E eu sempre cumpro oque prometo. - sorri
-Acha que ele vai gostar de me ver?
-Claro que vai! - Claude a abraça – Na verdade, ele vem cobrando sua visita faz um tempo...
-É sério? Mas eu nem sou tão próxima dele...
-Amour, Frazón é meu irmón do coraçón!
-Irmón do coraçón. - ela o imita sorrindo e lhe aperta as bochechas
-E a senhora, italianinha, é como se fosse cunhada dele, hã?
-Hum.. Então, que hora vamos? Quer ir agora? Por isso veio mais cedo pra casa? - Claude nega com a cabeça
-Vamos jantar com ele. Eu vim mais cedo porque non quis te deixar “ tão sozinha..” - a imita
-Claude!- Rosa ri.
-Tudo bem. Mas admite que estava com saudades, hã?
-Nem morta! - cruza os braços.
-Non gostou de me ver, é?- ele se faz de magoado
-Eu.. - Rosa põe os braços em volta do pescoço dele – amei te ver mais cedo!
-Hum.. Tem certeza?- aperta os olhos, a olhando fixamente
-Pensando melhor... - Rosa sorri e Claude a beija repetidas vezes.
Os dois saem de casa deixando uma Dádi “inquieta” como Rosa a descreveu. A governanta estava muito séria, coisa atípica de sua personalidade. Claude disfarçou pigarreando e informou que iriam se atrasar se demorassem discutindo o humor de Dádi.