Le Eternel Amour
Tulipe Rouge
Está.... tudo... bem? aqui? .... - Janete vasculha a sala com os olhos
- Bom, acho que está. - Aponto o sofá e nos sentamos.
- Não, não está.
- Não mesmo. Janeteeee... - escondo o rosto em seu ombro, sentindo uma espécie de frenesi de ansiedade
- Se acalme Rosa... Acho desnecessário todo esse alvoroço. Vocês são adultos, livres, desimpedidos, oque esperava? É claro que uma hora ele mostraria interesse... Concretamente.
- É que... faz tanto tempo e eu... Nem sei se posso corresponder sabe...
- Mas porque não? Acaso você está envolvida com o...
- Olha o absurdo Janete. Acha mesmo que eu...
- Na verdade eu acho. É impossível que não sinta nada nunca, Rosa! Onde está aquela garota maluca do Perrault? Onde está todo o rock and roll? Cadê a emoção?
- Jane... - reviro os olhos
- Dá uma chance pro cara, Rosa. Se dê essa chance, poxa! Imagino o quanto seja esquisito, mas ele não é o Tony. Lembra? - Jane procura meus olhos fujões - Ele é o Claude! Nada a ver você ficar tão..
- Não é só medo, eu juro que não é.
- Então, oque é? - ela me inquire, exigindo uma resposta coerente.
Sim porque a mão na cintura fala por si só
-Acho que é porque ele é quem ele é. O Claude. O... pai do Caleb. Seja como for. É quase como... uma imposição. Não sei.O Claude- o desenho em minha mente- Ele é agradável, mas....
- Tem um péssimo senso de humor. Cheira mal? Non foi ao show do U2? - a figura de Claude passa pela porta, e estaciona ao meu lado, quase na mesma altura que eu, em sua cadeira
Claude
-Oque há de errado comigo Rosa?- seguro suas mãos, enquanto o rosto está em brasa
- Excuse moi - Janete diz divertidamente, enquanto sai da sala sorrindo. Permanecemos nos olhando e nem uma palavra é pronunciada.
- Nada. Não é você, ...
-Sou eu - dizemos juntos. Ela revira os olhos sorrindo
- Você sabe dos meus sentimentos por você, certo? Acho que eu não seja lá muito transparente mas... Sempre te considerei uma mulher... admirável.
-Admirável? - ela me olha sorrindo, incrédula - Foi nisso mesmo que estava pensando...
- Tudo bem, non sei fazer issi non. - abaixo os olhos - Estou muito envergonhado, le jure.
- Não mais do que eu. Pode parecer bastante infantil, mas é como me sinto.
- Você acha que estõn nos pressionando a isso non é?
- Talvez. Mas só um pouco.
- É oque esperam de nós. Que... demos certo. Que nos entendamos.
- Exatamente isso.
- Eu non me oponho. - digo marotamente enquanto a olho sorrindo
Rosa
-Nem eu. -me ouço dizer. A minha voz permanece no ar alguns segundos até que ele me olhe profundamente de novo. Os olhos dele também eram capazes de sorrir! Fico presa no "sorriso do olhar" dele até ouvir a porta se abrindo.
Tento soltar as mãos das dele mas ele não me permite
Tento soltar as mãos das dele mas ele não me permite
- Chegamos! - Janete entra sorrindo - E trouxemos sorvete pra vocês também!
- De morango com flocos de chocolate - Caleb sorri
- E de chocolate com menta! - Rachel completa. Vê-los juntos e sorridentes era ainda mais compensador.
-Ótimo. Quero todos. - Claude me olha de esguelha. Me levanto
- Vamos à cozinha então. Nada de sorvete pela tapeçaria. Que aliás, nem terminei de pagar! - sorrio na tentativa de aliviar meu próprio nervosismo.
Caleb ainda estava calado demais, mas melhorou depois que o Claude conversou com ele ontem de tarde. Não sei sobre oque falaram mas acho que o acalmou. Coloco-o na cama, os cabelos meio úmidos do banho recém tomado. Sorrio
-Boa noite, petit
-Boa noite mamãe. Je t'aime. - os olhos grandes de Caleb me fitam, os de Claude parecia estar neles.
-Je t'aime aussi petit. - afago seus cabelos e apago o abajur.
Não sei oque me dá. É só que... É absurdo eu sei.
Mas é como trair a mim mesma. Eu disse que nunca mais nem mesmo pensaria sobre ele.
Por que cogitar isso outra vez? Eu não contava com isso de verdade.
É claro que eu ouvi sobre essa possibilidade todos esses anos mas não havia nenhuma solidez nela.
Afinal, mal nos conhecemos.
Mas ele... Ele parece tão sincero...
Por que o rejeitaria? E o Caleb... ficaria bem contente, eu acho...
Mas é como trair a mim mesma. Eu disse que nunca mais nem mesmo pensaria sobre ele.
Por que cogitar isso outra vez? Eu não contava com isso de verdade.
É claro que eu ouvi sobre essa possibilidade todos esses anos mas não havia nenhuma solidez nela.
Afinal, mal nos conhecemos.
Mas ele... Ele parece tão sincero...
Por que o rejeitaria? E o Caleb... ficaria bem contente, eu acho...
O que na verdade eu me pergunto é... o que isso significaria... na minha vida?
Não apenas em questões práticas mas... Por dentro... Isso seria...Como...
Como cicatrizar as feridas? Superar uma insuperável perda?
Não apenas em questões práticas mas... Por dentro... Isso seria...Como...
Como cicatrizar as feridas? Superar uma insuperável perda?
Isso me assusta. Parte de mim quer muito mas outra parte se nega a aceitar. E no caso, não pode haver dúvidas.
Devo decidir.
Devo decidir.
Não que eu queira ficar eternamente sem companhia. Mas esse é um caso em particular, foge ás estruturas convencionais.
Ele é irmão da minha alma gêmea. E, a pior coisa sobre almas gêmeas é que dificilmente elas ficam juntas. Gêmeo.
Gêmeo.
Por mais que eu tente ignorar isso, gêmeo. É como trai-lo com ele mesmo.
Com OUTRO ele. Não faz sentido.
Ai minha cabeça!
Ele é irmão da minha alma gêmea. E, a pior coisa sobre almas gêmeas é que dificilmente elas ficam juntas. Gêmeo.
Gêmeo.
Por mais que eu tente ignorar isso, gêmeo. É como trai-lo com ele mesmo.
Com OUTRO ele. Não faz sentido.
Ai minha cabeça!
Insônia não me ajuda, não penso direito, não adianta. Ah os calmantes!
Sérgio
- Mais estranho seria se ele não tentasse não é.
-Eu sei. Mas ele... Ele
-Está tão confuso quanto ela. Um mês, amor, um mês e ele toma a iniciativa que poderia ter tomado há dez anos. Mas a circunstância parecia ainda pior que a de hoje. Então, ele decide propor algo. Por mais cauteloso que seja, ainda é uma proposta.
-Amor, você acha que ela vai aceitá-lo?
- E você me pergunta isso, Jane? Mulheres são malucas, como saber. - rio e ela me dá um tapa no braço pelo atrevimento- Não tem como prever...
-Sabe qual é o meu palpite? Ela vai acabar cedendo. Ele é bem atraente, um bom partido, não é de se jogar fora assim. - ela sorri em provocação.
- Hum... sei! Mas o motivo maior é o Caleb. Ele iria adorar ter o pai perto, fazendo parte de fato da vida dele. da rotina... da vida da mãe, de tudo.
-Mas e a Rachel, Sérgio? Eu acho ela tão quieta...
-É a educação francesa dela, amor. Acho que ela é uma criança adorável, e a Rosa a adora. Tenho certeza de que Rosa vai fazer um grande bem a ela, seria como uma mãe, coisa que ela nunca teve de verdade né.
-É mesmo. Me pergunto se não é por isso o ar triste que ela têm.
Rosa
Havia flores na sacada, e o sol entrava pela janela iluminando tudo. Bela manhã de primavera!
- Espero que goste dessas, non sei escolher... - Só então percebo Claude, parado perto da porta, como se me esperasse
-Ah, foi você... São lindas, obrigada. -sorrio. Ele me olha intensamente. Pisco sem entender e ele estende a mão. Caminho até ele e a seguro. Ele me puxa até que eu entenda oque ele queria. Me beija a face e sussurra
-Bon jour.
-Bon jour. - respondo olhando em seus olhos. Tentando imaginar oque ele estaria pensando naquele momento - Você é mais matinal do que eu...
-Nem pensar. Apenas me acostumei a acordar cedo, hã.
- Já tomou café?
-Estava a sua espera...- ele sorri
- Onde estão..
-Nossos pequenos foram à escola hoje, lembra?
- Ah.... - suspiro. Ele disse NOSSOS pequenos?
- Então... vamos tomar café onde? - sacudo a cabeça como que pra dissipar a confusão mental
- Então... vamos tomar café onde? - sacudo a cabeça como que pra dissipar a confusão mental
- Na Coop cofee, bem na esquina. É agradável, e non está longe, hã?- ele pisca um olho
-Oh! é claro... -sorrio ainda me sentindo abobalhada
Café com açucar e uns brownies pra adoçar tudo, até o sangue dar formiga.
- Ha ha ha Non é issi non é que... Ela sempre esteve lá, comigo sabe. Nunca nem pensei em demiti-la. Nem que eu a contratei. Sempre foi tudo ton... familiar sabe.
- O seu pai não gosta tanto dela não é mesmo?
-Como você sabe?
-Ah - disfarço- Ela me disse eu acho. Ou foi o Tony.
-Tony. Agente sempre volta a ele. É impossível não falar dele.
-Dizem que pessoas extraordinárias geralmente não vivem muito, mas jamais são desapercebidas.
-Você ainda continua com o mesmo amor por ele non?
- Nunca poderei esquecê-lo... - digo triste, ainda sem olhar nos olhos de Claude, que com certeza, me encarava
- Acho que ele queria que ficássemos juntos... - ele diz me olhando por baixo, divertido
- É um bom flerte. - sorrio, limpando a espuma do capuccino do canto da boca dele
- Quem vê pensa. - ele pisca sorrindo
- Pensa oque? - continuo o olhando
-Que eu uso fralda geriátrica. - ele gargalha
-AH! hahahaha não acredito que disse isso!
- Non adianta negar, eu sei que pensam issi. -ele continua rindo
- Tudo bem, chega disso vai.
- Ah é divertido. Pelo menos porque eu sei que non é pra sempre né.
-Você teve sorte.
- Até que tive. Você quis cuidar de mim, oque mais eu poderia querer?
-Claude!
Breve silêncio constrangedor...
- Acho até que vou pedir que Dádi volte a Paris, mas para visitar os amigos, hã? Talvez eu fique por aqui...
- Mesmo que o Carlo... Você vai mesmo à audiência?
- Com certeza.
-E... você já sabe o porque dele... ter...
-A vingança nunca é plena mata a alma e a envenena - ele sorri - Non se preocupe com issi hã? O pior já passou. Estou completamente em paz e tranquilo. Estou vivo, é o que importa. Carlo vai pagar, e estarei lá pra ouvir a sentença.
-Ele esteve mesmo perdido... Acha que ele vai ser internado num hospital psiquiátrico?
- Provavelmente.. Mas com tratamento vip... Com direito à solitária pro resto da vida. E non digo isso por mim só, mas pelos crimes contra a corporaçón... e contra os direitos humanos, hã?
-Mas ainda não entendi oque ele estava fazendo! O que leva a pessoa à tanta...
-Insanidade? Ele deixou o rancor o dominar... O ódio a família Geraldy foi muito além de mim e Tony, e além de nosso pai. Carlo tinha sede por vingança, sim. Mas o sentimento de autodestruição dele era bem maior. Ainda posso ouvir a risada dele... Ton louca e as palavras ton desconexas... Nunca vou esquecer oque ele disse sobre... A nossa pequena diferença de posiçón na família... sobre... Eu ser um bastardo reconhecidamente... - Claude manteve a cabeça baixa, tanto quanto sua voz soava
- Acho melhor irmos pra casa... Talvez chova hoje também... - murmurei olhando um casal de velhinhos se levantar, sair e depois passar pela vidraça do lado de fora... lentamente e de mãos dadas
- Você estragou tudo Rosa. Mas ainda sim, Caleb está seguro. E graças a Deus, Carlo nem suspeitava que ele é meu filho. - ele me olha ainda ignorando oque acabei de dizer, estático, as mãos sobre a mesa
- Eu não suportaria.
- Eu também non. No entanto tive de suportar non foi?
- Você foi muito forte. - dou um meio sorriso- Um verdadeiro super herói
-Hm..- ele balança a cabeça numa careta- Super heróis non ficam presos em cadeira de rodas hã... Nem mesmo por um curto período.
- Não estrague tudo! - sorrio me levantando.
-E... você já sabe o porque dele... ter...
-A vingança nunca é plena mata a alma e a envenena - ele sorri - Non se preocupe com issi hã? O pior já passou. Estou completamente em paz e tranquilo. Estou vivo, é o que importa. Carlo vai pagar, e estarei lá pra ouvir a sentença.
-Ele esteve mesmo perdido... Acha que ele vai ser internado num hospital psiquiátrico?
- Provavelmente.. Mas com tratamento vip... Com direito à solitária pro resto da vida. E non digo isso por mim só, mas pelos crimes contra a corporaçón... e contra os direitos humanos, hã?
-Mas ainda não entendi oque ele estava fazendo! O que leva a pessoa à tanta...
-Insanidade? Ele deixou o rancor o dominar... O ódio a família Geraldy foi muito além de mim e Tony, e além de nosso pai. Carlo tinha sede por vingança, sim. Mas o sentimento de autodestruição dele era bem maior. Ainda posso ouvir a risada dele... Ton louca e as palavras ton desconexas... Nunca vou esquecer oque ele disse sobre... A nossa pequena diferença de posiçón na família... sobre... Eu ser um bastardo reconhecidamente... - Claude manteve a cabeça baixa, tanto quanto sua voz soava
- Acho melhor irmos pra casa... Talvez chova hoje também... - murmurei olhando um casal de velhinhos se levantar, sair e depois passar pela vidraça do lado de fora... lentamente e de mãos dadas
- Você estragou tudo Rosa. Mas ainda sim, Caleb está seguro. E graças a Deus, Carlo nem suspeitava que ele é meu filho. - ele me olha ainda ignorando oque acabei de dizer, estático, as mãos sobre a mesa
- Eu não suportaria.
- Eu também non. No entanto tive de suportar non foi?
- Você foi muito forte. - dou um meio sorriso- Um verdadeiro super herói
-Hm..- ele balança a cabeça numa careta- Super heróis non ficam presos em cadeira de rodas hã... Nem mesmo por um curto período.
- Não estrague tudo! - sorrio me levantando.
Em vez de voltar pra casa, Claude me convenceu a ir até um parque... o Sol animou muitas pessoas a estar ao ar livre.. Em sua maioria jovens escolares e idosos
- O dia está lindo, hã.
-Mas ainda pode virar... Que nem ontem...- digo olhando o céu. O vento balançando os galhos da árvore acima de nós
-É uma pena Rachel non estar aqui. Ela adora esse parque...
- O Caleb também... - digo naturalmente. Como numa conversa de comadres. E me lembro que ele deveria saber coisas desse tipo sobre o filho dele. O que me faz engolir em seco. Será que ele me perdoaria algum dia?
- Veja, aquele casal ali... - ele sorri - Eu os conheço desde que tinha sete anos de idade.
- Sério?
- Meus pais ainda vinham no parque naquela época. E eu e Jean brincávamos muito aqui. Era um paraíso só... os piqueniques.... - ele continuava olhando os velhinhos e sorrindo
-Não quer ir lá falar com eles?
- Non... - ele suspira- eles eston ton velhinhos non se lembram mais de mim non...
-Como você sabe?
- Eu sei. - sorri- Ano passado quando estive aqui em Paris fui visitá-los. Eles me trataram como Jean Geraldy. Como Jean sempre foi mais próximo deles eles só se lembram dele . Apenas de Jean. Por alguma razon.
- Espera... Mas se eles não o vê-em a dez anos... como podem se lembrar mais dele do que de você? Ou não veio visitá-los durante esse tempo?
- Eu vim sim. Quase todos os anos eu vinha a Paris e sempre os encontrava ou os visitava. Mas eles continuavam a questionar quem era Claude. Entón parei de insistir.
-Sallut, monsieur Geraldy! - a voz da senhora irrompe os poucos metros que nos separa
-Jean! -O velhinho bate continência, alegremente. E Claude a devolve, sorrindo.
- E... não se importa? - pergunto a ele, que ainda sorri para o casal ao longe.
- Porque me importaria? Eu e Tony somos gêmeos. Non é novidade esse tipo de situaçón...
- Oh, me desculpe.
-Que issi... É como se eu fosse mesmo ele, non? Sou o que restou dele. - ele abre os braços, e não deixo de notar a tristeza em sua voz.
- Ele está em você. - digo, olhando para Claude tendo a certeza de que estava olhando para Claude. Para ele.
- Non se pode julgar um perfume pelo frasco non é oque dizem? Nem julgar o livro pela capa... Claro que sabemos que as vezes a aparência exterior nos dá pistas sobre o conteúdo. Mas non funciona muito bem com pessoas, né?
-Não... Não funciona.
- O dia está lindo, hã.
-Mas ainda pode virar... Que nem ontem...- digo olhando o céu. O vento balançando os galhos da árvore acima de nós
-É uma pena Rachel non estar aqui. Ela adora esse parque...
- O Caleb também... - digo naturalmente. Como numa conversa de comadres. E me lembro que ele deveria saber coisas desse tipo sobre o filho dele. O que me faz engolir em seco. Será que ele me perdoaria algum dia?
- Veja, aquele casal ali... - ele sorri - Eu os conheço desde que tinha sete anos de idade.
- Sério?
- Meus pais ainda vinham no parque naquela época. E eu e Jean brincávamos muito aqui. Era um paraíso só... os piqueniques.... - ele continuava olhando os velhinhos e sorrindo
-Não quer ir lá falar com eles?
- Non... - ele suspira- eles eston ton velhinhos non se lembram mais de mim non...
-Como você sabe?
- Eu sei. - sorri- Ano passado quando estive aqui em Paris fui visitá-los. Eles me trataram como Jean Geraldy. Como Jean sempre foi mais próximo deles eles só se lembram dele . Apenas de Jean. Por alguma razon.
- Espera... Mas se eles não o vê-em a dez anos... como podem se lembrar mais dele do que de você? Ou não veio visitá-los durante esse tempo?
- Eu vim sim. Quase todos os anos eu vinha a Paris e sempre os encontrava ou os visitava. Mas eles continuavam a questionar quem era Claude. Entón parei de insistir.
-Sallut, monsieur Geraldy! - a voz da senhora irrompe os poucos metros que nos separa
-Jean! -O velhinho bate continência, alegremente. E Claude a devolve, sorrindo.
- E... não se importa? - pergunto a ele, que ainda sorri para o casal ao longe.
- Porque me importaria? Eu e Tony somos gêmeos. Non é novidade esse tipo de situaçón...
- Oh, me desculpe.
-Que issi... É como se eu fosse mesmo ele, non? Sou o que restou dele. - ele abre os braços, e não deixo de notar a tristeza em sua voz.
- Ele está em você. - digo, olhando para Claude tendo a certeza de que estava olhando para Claude. Para ele.
- Non se pode julgar um perfume pelo frasco non é oque dizem? Nem julgar o livro pela capa... Claro que sabemos que as vezes a aparência exterior nos dá pistas sobre o conteúdo. Mas non funciona muito bem com pessoas, né?
-Não... Não funciona.
-
amei a conversa..
ResponderExcluirquero maisssssssss